Capítulo 24

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Jungkook


Enfiei minha chave na fechadura, entrando em silêncio no apartamento. Estava chocado por perceber o quanto sentia falta de estar em casa.

O quanto sentia falta de Jimin. Eu me vi mandando mensagem para ele, verificando se ele estava bem, se Penny estava bem ou se ele se lembrara de ter trancado a porta do apartamento.

Suas respostas me faziam sorrir, sempre um pouco atrevidas e doces. Ele adorou o cheesecake, contou-me como os funcionários o atacaram e ajudaram Penny e ele a comer.

Ele achou divertido eu ter mandado uma fruta para Joey. Quando ele mencionou que Penny parecia mais cansada do que o normal, eu ligara para o asilo a fim de perguntar por ela duas vezes, fazendo Tami rir da minha preocupação. Tive de rir de mim mesmo.

Parecia que, mesmo sem tentar, a presença de Jimin trazia cada vez mais sentimento à minha vida. Eu deveria detestar, mas, de alguma forma, não o fazia.

Estava ansioso para chegar em casa, vê-lo, visitar Penny e voltar para o escritório. Quando o cliente concordara antes do esperado com nossa ideia, nós dois concordamos em ir para casa cedo e pegar o último voo.

O táxi me deixou lá, Taehyung rindo da minha exuberância em pegar a pasta.

— Não espero te ver na primeira hora da manhã, Jungkook. Aproveite a manhã com Minnie. Vejo você à tarde.

Assenti.

— Obrigado.

Coloquei minha pasta no chão, acendi a luz e congelei. Eu não estava na mesma sala de onde saí há alguns dias.

A cor vinho que Jimin escolhera agora decorava a parede grande em volta da lareira e destacava o recorte de madeira. As outras paredes da cor creme ficaram chiques e atraentes. Ele adicionara algumas almofadas, as duas cadeiras que tinha me mostrado e o resultado da transformação deixou a sala calorosa e convidativa.

Aconchegante.

A maior surpresa foi o trabalho de arte que ele pendurara. Usou algumas das impressões que encontrou, mas, na parede vermelha, colocou algumas fotos, imprimiu, com o dobro do tamanho, e enquadrou. Fiquei admirado como ficaram ótimas e maravilhado pelo fato de ele ter escolhido as minhas favoritas.

A sala toda estava espetacular. Passei minha mão pela curva das cadeiras que ele comprou. Eram rústicas. O efeito ainda era masculino, mas suavizado pelo que ele criara.

No manto havia uma foto de nós dois, tirada por Taemin no dia do nosso casamento. Eu a peguei analisei a foto cândida. Jimin estava sorrindo para as lentes, seu rosto quase brilhava. Minha testa descansava na dele, e eu estava sorrindo.

Ambos parecíamos felizes. Como um casal apaixonado. Passei meu dedo pela foto, sem conhecer a sensação esquisita no meu peito.

Colocando-a de volta no manto, peguei minha mala e subi as escadas. Parei na minha porta, surpreso em ver Jimin dormindo na minha cama.

Eu tinha certeza de que ele voltaria para o próprio quarto. Ele abraçava meu travesseiro, suas mãos apertavam o tecido conforme ele dormia, seu cabelo escuro era uma onda de chocolate sobre a fronha dos travesseiros brancos e amassados.

Observei-o enquanto dormia. Ele parecia jovem e vulnerável. Lembrei que pensava que ele era fraco. Ele era tudo, menos isso.

Conhecendo-o agora da forma como conhecia, sabia que ele tinha uma alma de ferro, sem isso, ele teria ido embora há muito tempo, mas não foi.

O Contrato (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora