Capítulo 17

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 Jungkook

Acordei confuso. Depois de um instante, percebi que estava no sofá. Sentei-me, fazendo careta, segurando minha cabeça dolorida. Eu merecia, mas ainda era uma merda.

Com cuidado, ergui meus olhos, surpreso em ver uma garrafa de água e Tylenol na mesa diante de mim. Pegando-os, engoli dois comprimidos e bebi toda a água. Quando me levantei, o cobertor que estava sobre meu peito caiu no chão. Ao me abaixar para pegá-lo, lembrei com meu pensamento lento.

Depois que Jimin saiu, peguei mais uísque, suas palavras rodopiavam em minha cabeça. Em algum momento, devo ter desmaiado, e ele, obviamente, veio e me cobriu, deixando o remédio e a água, sabendo que eu sofreria ao acordar.

Apesar de ter sido bem mais imbecil com ele do que o normal, ele ainda cuidava de mim.

Minhas pernas estavam tremendo, então me sentei, relembrando-me das palavras que ele jogara em mim na noite anterior... por que concordara em me ajudar.

Por que ele passou por perrengues... para cuidar da mulher que o pegou e lhe deu um lugar seguro e um lar. Eu fechei os olhos e o depreciei por isso, sem nunca me incomodar perguntando os detalhes. Sem realmente vê-lo como a boa pessoa que era por dentro.

Uma onda de náusea me atingiu, subi correndo, esvaziando o estômago da quantidade estrondosa de uísque que ainda fazia efeito. Depois, tomei um banho e mais Tylenol. Não parava de ouvir suas palavras, e a dor por trás delas.

Meu comportamento do último ano se repetia em minha mente. Minhas piadinhas cruéis, minhas palavras duras e meu jeito ignorante. Apesar de como eu o tratava, ele colocara as necessidades de outra pessoa à frente e manteve a cabeça erguida.

Fazia seu trabalho, e eu tinha de admitir que fazia bem, com orgulho e zero incentivo positivo de mim. Analisei meu rosto no espelho, minha mão estava tremendo muito para passar a lâmina no meu queixo.

Pela primeira vez na vida, senti o calor da vergonha me queimar, e baixei o olhar. Eu tinha duas opções. Ignorar o que aconteceu na noite anterior e torcer para Jimin continuar com nosso acordo. Eu sabia que se não tocasse no assunto, ele também não o faria. Ele presumiria que eu não me lembrasse do que aconteceu. Ou agir como um adulto maduro e procurá-lo, pedir desculpas e tentar seguir em frente.

A fim de fazer isso, eu precisava fazer um esforço e, no mínimo, compreendê-lo. Eu não tinha dúvida de que, agora, o casamento estava fora de cogitação, mas ainda poderíamos continuar como noivos.

Saí do balcão, ignorando o martelar em minha cabeça. Era hora de descobrir mais sobre meu noivo.

— Jungkook, eu não esperava vê-lo hoje. Ou pelo menos não tão cedo. Olhei para cima, tirando o olho da tela do computador.

— Oh, Taehyung. Arrumei meu topete e passei uma mão no pescoço de forma nervosa.

— Havia algumas coisas que eu queria pegar e, ahn, pegar meu carro. Ele entrou no meu escritório, sentando-se diante da minha mesa. Juntei as mãos sobre a madeira escura, tentando impedir que meus dedos se mexessem. — Preciso me desculpar por ontem à noite. Bebi demais. Acredite aquele não é um comportamento normal para mim. Ele riu e acenou.

— Todos já passamos por isso, Jungkook. Depois de tudo pelo que passou e começar conosco, depois, é claro, seu grande dia hoje, acho que você merecia relaxar.

— Espero que não tenha feito nada inapropriado. Ele balançou a cabeça.

— Não, você não fez nada. Acho que forçou um pouco a barra com o pobre Minnie. Foi divertido de assistir.

O Contrato (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora