Capítulo 36

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Jungkook

 A dor familiar estava estrondosa em minha cabeça, meus olhos ficavam pesados e meus ombros e pescoço doíam.

Olhei pela janela para a tempestade se formando, pensando se chegaria em casa antes dela e antes da dor de cabeça ficar insuportável.

Os três toques que Seokjin sempre usava soaram como tiros em minha cabeça dolorida.

 Joguei-me no couro frio de minha cadeira, fechando os olhos.

— Venha — chamei o mais alto que consegui.

— Precisa de alguma coisa, Jungkook?

Não me incomodei em levantar a cabeça.

— Pode cancelar a reunião com o conselho técnico?

— Já cancelei.

— Ótimo. Pode também tirar o resto da tarde de folga, Seokjin. Vou ser inútil.

— Posso fazer mais alguma coisa?

 Suspirei, mantendo os olhos fechados.

— Ser não for te ofender, uma xícara de café com alguns comprimidos para dor seriam bons. Se puder ligar para meu esposo, seria ótimo. Ele riu baixo.

— Acho que posso fazer isso, Jungkook.

— Obrigado.

Ele saiu, e eu massageei minhas têmporas. Eu sabia que, quando falasse com Jimin, ele diria para deixar meu carro e pegar um táxi para casa.

Também sabia que, quando chegasse lá, ele estaria com compressa fria, comprimidos para dor muito mais fortes e seu toque calmante para fazer a dor de cabeça cessar.

Eu só tinha de chegar até ele.

O café e o Tylenol que Seokjin traria ajudariam até lá.

Ouvi passos, senti os comprimidos serem colocados na minha mão e o cheiro de café chegou ao meu nariz.

 Não era a voz de Seokjin que chegou aos meus ouvidos.

— Beba.

Engoli os comprimidos grato e procurei cegamente a mão de meu esposo.

— O que está fazendo aqui? Você não está escalado para hoje.

— Seokjin ligou e disse que você estava desligado esta manhã. Ele pensou que estivesse com uma de suas dores de cabeça, então vim para te levar para casa. Parei-o no meio do caminho quando estava voltando do lounge.

Com um gemido, inclinei-me para frente, enterrando a cabeça no estômago de Jimin.

A temperatura congelante da compressa foi boa conforme ela passava por meu pescoço e enfiava os dedos no meu cabelo.

O Contrato (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora