Capítulo 20

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Jungkook

Eu não sabia o que fazer depois da conversa com Jimin. Suas palavras ficaram ecoando em minha cabeça, fazendo-me questionar as verdades às quais eu me segurei por todos esses anos. Eu me senti drenado, e precisava parar essa onda de pensamentos, então mudei isso, indo para a academia. Malhei pesado, tomei banho, depois segui para meu quarto. Esperava que Jimin se aproximasse de mim querendo continuar a conversa, o que eu esperava evitar, mas ele estava ocupado na cozinha, sem fazer esforço para olhar para mim conforme passei. Na minha escrivaninha, havia um prato de sanduíches e uma garrafa térmica com café. Encarei a situação por um instante, depois, dando de ombros, perdi-me nos arquivos que trouxera para casa. Só no começo da noite que o vi de novo.

— O jantar está pronto, se estiver com fome. Olhei para cima, apertando os olhos. — Jungkook, você precisa de um pouco de luz. — Ele cruzou a sala, acendendo o abajur da minha escrivaninha. Ele balançou a cabeça. — E talvez óculos. Estive reparando em como você segura as coisas perto do rosto quando lê, olhei para baixo, percebendo que ela tinha razão. — Vou marcar uma consulta para você — ele ofereceu, com um sorriso nos lábios. — Duvido que isso esteja na lista de tarefas de sua assistente.

Tive de rir, mesmo enquanto virava os olhos para cima. Quando me encontrei com Seokjin na sexta, listando todas minhas expectativas, ele me surpreendeu com sua própria lista. Os assistentes pessoais no Kim eram totalmente diferentes da Artick Inc. Ele estava lá para me dar apoio, manter-me organizado e até, de vez em quando, providenciar meu almoço, mas não estava lá para me fazer café, torrar um bagel ou pegar minha roupa na lavanderia.

Dizer que fui colocado no meu lugar era apelido. Ele foi gentil o suficiente para me mostrar o lounge enorme dos funcionários, como usar a máquina de café e onde encontrar os bagels e outras comidas que Taehyung mantinha para sua equipe.

Jimin teve de sair para esconder a risada quando eu lhe contei essa história.

— Não é engraçado! gritei para ele.

— Ah, é, sim. Sua resposta seca veio do fim do corredor.

Tinha de admitir que ele estava certo. Pensando bem, não me matou ter de levantar e pegar um café. Era uma boa forma de esticar as pernas. Eu tinha uma sensação de que Seokjin seria muito econômico com o cream cheese no meu bagel, de qualquer forma. Jimin sempre o empilhava do jeito que eu gostava.

— Cristo, estou ficando velho, resmunguei. — Óculos de leitura.

 Ele riu.

— Sim, trinta e dois é ancião. Você ficará bem. Tenho certeza de que vai fazê-los ficarem bonitos em você.

Ergui minha sobrancelha equivocada para ele.

 — Ah, é? Está dizendo que vou ficar ainda mais sexy com óculos?

 — Não estou dizendo nada. Seu ego é grande o suficiente. O jantar está na cozinha se quiser. C

om uma gargalhada, apaguei a luz, seguindo-o para a cozinha, ainda desconfiado. Algumas das minhas lembranças mais nítidas da infância eram as discussões constantes de meus pais.

O Contrato (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora