31. Jimin

54 11 21
                                    

Bem vindos a mais uma capítulo, aproveitem e tenham uma boa leitura <3 

26/11/2016 

Namjoon se atrasou, mas eu não me importei, ainda tinha muito o que pensar, eu nunca tinha feito isso por ninguém, sair clandestinamente de madrugada, estando de castigo e na lista negra da minha mãe. Mas Namjoon tinha me pedido para fazer isso e ele nunca me pedia para fazer nada.

Saí de casa no horário marcado, tendo o cuidado e mandar Mochi ficar quieto, ele fez menção de me seguir enquanto eu tentava fechar a porta.

— Hoje não, garoto — Sussurrei para ele e Mochi me encarou com olhos tristes, ganindo baixinho, como se realmente tivesse entendido — Hoje vamos ser só eu e o Joonie.

Corei ao dizer isso, tentei esconder meu rosto na manga do casaco mesmo que não tivesse ninguém para ver. Fiz Mochi voltar para dentro de casa e fechei a porta.

Era estranho sair àquele horário, não tinha absolutamente ninguém na minha rua, um carro passou e um gato miou entre os arbustos, tirando isso, nada mais. Resolvi me afastar alguns quarteirões da minha casa, não achava seguro ficar ali na frente de bobeira, será que eu parecia suspeito rodeando um poste de luz às 01:15 am? Provavelmente.

Estava frio, as temperaturas baixavam cada vez mais a medida que o tempo passava e dezembro se aproximava, mas não tinha nevado ainda, o que era estranho, não que eu estivesse reclamando, correr no meio da neve era muito pior. Me agachei no chão, abraçando os joelhos e tentando me esconder o máximo que eu podia dentro do casaco, puxando o capuz sobre o rosto, me sentindo sonolento com o clima frio e o calor dentro do agasalho. Meus olhos deviam estar quase se fechado quando ouvi a voz:

— Está acordado?

Levantei o rosto e vi Namjoon olhando para mim em toda a sua altura de 1,81m, um verdadeiro poste.

— Você demorou — Resmunguei, afundando ainda mais dentro do casaco — Acho que congelei aqui.

Ouvi Namjoon rir ironicamente e estendi a mão para que ele me ajudasse a levantar, ele me puxou para cima e ficamos apenas nos encarando por alguns momentos.

— Hum... então? — Namjoon falou, sem graça — Teve problemas pra sair de casa?

— Só Mochi que queria vir junto, mas ainda posso acabar me ferrando muito, se acontecer você vai me pagar.

— Não te obriguei a vir.

— Mas foi você quem pediu, é sua responsabilidade.

Namjoon fechou a cara, mas eu sabia que ele não estava realmente com raiva, já fazia muito tempo que eu tinha aprendido a ler os humores dele. Namjoon começou a andar e eu o segui de perto.

— Vai me dizer aonde vamos? — Perguntei depois de um tempo.

— Não, mas você vai gostar. Como foi a Ação de Graças?

— Legal, tive o dia de folga e mamãe passou mais tempo em casa, ficamos ajudando papai na padaria, sei que isso pode parecer mais trabalho, mas é realmente divertido fazer cupcakes, os meus ficaram horríveis e os de mamãe ficaram ainda piores, horrorosos, feios mesmo, mas os comemos mesmo assim.

— E como estavam?

— Uma droga.

Namjoon riu, eu gostava de fazê-lo rir.

— E como foi pra você? — Perguntei quando ele parou de rir.

— Divertido — Namjoon deu de ombros — Bem melhor que ano passado... Ano passado foi a segunda vez que ficamos sem ela, minha mãe, na primeira vez foi no ano em que ela morreu, mas ano passado pareceu pior, nenhum de nós sabia pelo que ser grato, tentávamos pensar que ela não gostaria de nos ver tristes ou com raiva, mas não conseguíamos tirar isso da cabeça, então cada um se trancava em algum lugar, sem saber o que fazer. Foi até pior que no natal.

Nas Batidas do Seu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora