74. Namjoon

21 4 19
                                    

amgs, sinceramente, esse cap me fez lembrar pq AMO essa história e pq tô escrevendo ela, eu gosto da boiolice desse slow burn fofinho

aliás, esse cap tem quase 5k de palavras (talvez tenha isso mesmo) e eu até pensei "ah n, é coisa demais, tá emocionado demais", aí lembrei q a história é minha e eu faço oq eu quero, então aqui teremos cap longos e boiolagem SIM

é isso

BOA LEITURAAA 💜💜💜

21/03/2017

Depois que Taehyung chegou, passei alguns minutos com ele e Jimin e então encontrei Jungkook na entrada da frente para irmos até o restaurante, já que ainda era terça e eu tinha que trabalhar, Jungkook tinha se demitido na semana passada, mas como ele precisava de ajuda com algumas referências dos livros, combinamos que ele poderia ficar numa das mesas próximas dos banheiros ou da cozinha, que eram menos populares, ou nos vestiários no caso do gerente tentar expulsa-lo. Por milagre, Jungkook tinha resolvido ir dirigindo, acho que era o jeito dele de compensar por estar me pedindo ajuda em dia de trabalho.

Ainda eram 5:00pm quando chegamos, muito antes do meu horário, mas eu tinha prometido ao gerente na segunda que abriria o restaurante, então entrei com Jungkook pela porta dos funcionários e ele se sentou no banco longo no meio do vestiário para folhear os livros enquanto eu me trocava.

— Droga, sua letra é horrível — Jungkook reclama — E preciso mesmo ler todas essas referências?

— Se quiser entender o conteúdo, sim, e você não tem moral nenhuma pra falar sobre minha letra, além disso, são anotações, não precisa ser bonito, só legível — Respondo sem prestar atenção, abotoando a camisa branca do uniforme.

Jungkook me ignora e continua resmungando para o livro que tem nas mãos, termino de ajeitar a gravata e o colete do uniforme social e me viro para Jungkook, as sobrancelhas dele estão franzidas e os lábios comprimidos, ele volta a reclamar, mas usa um lápis pra marcar algumas partes assim mesmo. Sorrio.

— Vem — Chamo e pego a mochila com o restante dos livros — Vou arrumar as mesas, escolhe uma das ruins pra você, o gerente ainda não te perdoou por ter se demitido.

— Puxa, que medo — Jungkook ri — Pode me servir alguma coisa com cabelo? Quero fazer aquela cena do “chame o gerente agora, tem cabelo na minha comida!”.

— Por favor, não, preciso do meu emprego.

— Você não tem humor.

Jungkook escolhe uma das mesas mais escondidas e tira os livros de dentro da mochila.

— Tem certeza que não prefere ir pra casa? Eu saio daqui direto pra lá.

— Vou esperar você — Jungkook abana a mão pra mim como se dispensasse a questão — Vamos embora juntos.

Reviro os olhos e abro um sorriso curto, deixando Jungkook em paz com os livros para arrumar as outras mesas, em pouco tempo, o restaurante está aberto e nas horas seguintes, faço o de sempre, me revezando entre servir mesas, anotar pedidos e ouvir reclamações de clientes insatisfeitos, durante tudo isso, não consigo evitar observar as pessoas dentro dos próprios mundinhos, tem acontecido com cada vez mais frequência desde o diagnóstico, talvez por causa daquela velha história de “valorizar a vida”, ou algo assim, não é como se eu me arrependesse das escolhas que fiz ou algo do tipo, é mais como se eu percebesse quanta coisa ainda tinha pela frente ou o quanto ainda deveria ter.

— Kim! — Um dos outros funcionários chama no caminho da cozinha — Pode ajudar com os pratos?

— Hum? — Balanço a cabeça e olho pra ele — Ah, sim, claro… já estou indo.

Nas Batidas do Seu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora