34. Jimin

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Desculpem a demora, mas aqui está, tenham uma boa leitura <3

20/12/2016

— Por favor — Implorei pela milionésima vez para a enfermeira — Eu nunca te pedi nada, só mais esse.

— Você não pode ficar pegando remédios sem receita, Jimin.

— Mas você não tinha implicado antes.

— Acabou de assumir que já pediu outra coisa — Ela falou, contente por eu ter me entregado.

— Okay, então esquece tudo o que eu já te pedi antes, amanhã já é o ensaio final, se eu não participar, eles vão dar meu papel para o Adam, o Adam, já pensou o quão horrível seria se dessem o meu papel para ele? Se eu não fizer esse papel, ninguém mais vai me respeitar nessa faculdade, e você vai ser a responsável.

— Tenho certeza de que já lhe disseram isso, mas você é muito dramático, poderia atuar se quisesse, se daria muito bem nesse ramo.

— Eu estou prestes a perder minha carreira, e você fica falando isso? Vai me dar a droga do remédio?!

— Tá — Ela respondeu com um ar de cansada — Mas se você se der mal com essa de se auto medicar, conseguiu esse remédio no mercado negro.

— Obrigado, obrigado, vou colocar seu nome na minha autobiografia.

— Que lindo, vou ficar mundialmente conhecida como a enfermeira que te drogou.

Sabia que estava sendo sarcástica, mas eu não me importei, apenas peguei o remédio que me deu, agradeci novamente e fui para o banheiro para tomar as pílulas, me tranquei em um box, me sentindo um criminoso, tirei a mochila das costas e a joguei no chão, me sentando sobre o vaso do box.

— "Tome a pílula de acordo com seu peso" ... Ah, que se dane — Coloquei duas delas na minha mão e tomei, mas quase me engasguei quando escutei batidas na porta do banheiro.

— Jimin! — Alex gritou do outro lado — Jimin Park! Abre a droga da porta! O que você tá fazendo aí dentro?

Alex batia na porta insistentemente.

— Estou trancando em um box, o que acha que estou fazendo? — Retruquei sem responder à pergunta, pegando a mochila e retirando um pacote muito pequeno de dentro.

— Tenho algumas ideias — Mesmo abafada pela porta, pude ouvir o risinho na voz dela.

— Vou ignorar o duplo sentido dessa frase — Abri o pacote as pressas, tentando não fazer barulho, e tirei o tecido bege de dentro dele. Continuei a conversa apenas para ganhar tempo — O que está fazendo aqui? É o banheiro dos meninos.

— Fala sério, Jimin — Alex bufou com descaso — Se vai te fazer sentir melhor, não estou nenhum pouco interessada em ver seu corpinho imaculado.

Não respondi, apenas tirei o tênis e a meia, vestindo rapidamente a tala de pano que eu tinha comprado no caminho da faculdade, enfiei o pé no tênis novamente, bati no chão algumas vezes, testando a tala, ela fazia meu tornozelo parecer muito mais firme. Pulei de susto quando Alex voltou a esmurrar a porta.

— Está tentando derrubar essa droga?! — Gritei.

— Sim! Sai logo daí, estão tentando convencer o Adam a entrar no seu lugar.

— COMO É?! — Abri a porta do box e a encarei com os olhos arregalados.

— Você está uma hora atrasado, o que queria que eles fizessem? A Cortez precisa ensaiar a parte final com o Cisne Negro, ela não pode fazer isso sem um Cisne Negro.

Nas Batidas do Seu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora