Nas Batidas do Seu Coração

59. Jungkook

gosto muito desse capítulo, apesar da aleatoriedade, espero q vcs também gostem

boa leitura 💜💜💜

04/03/2017

— Segunda, então? — Perguntei de novo, sem conseguir acreditar — Tem certeza, mãe?

— Já disse que sim, Kookie! — Mãe Colleen perdeu a paciência.

— Vocês já estão aqui? Vieram de carro? Estão bem?

— Calma, garoto, respira — Ela riu — Já chegamos sim, mas vamos ficar em um hotel até liberarem totalmente as estradas.

— E isso vai ser... segunda, certo?

— Sim, Jungkook.

Suspirei de alívio, finalmente as coisas iam voltar ao normal.

— Ah, Jungkook, para com isso — Mãe Colleen me repreendeu — Até parece que você não está gostando de ter a casa só pra vocês. Seus amigos já quebraram muita coisa?

— Sim, minha paciência, meu coração, empatia, vontade de viver...

— Tão dramático... Escuta, ligamos depois, okay? Yuna mandou um beijo. Tchau, querido.

— Namjoon quebrou alguns pratos também.

— Foi a porcelana chinesa de Yuna?

— Essa mesma.

— Então dá um beijo nele por mim, não aguentava mais olhar aquela coisa horrorosa.

Ri e desliguei depois de prometer quebrar mais algumas xícaras do conjunto de porcelana chinesa, coloquei o celular de lado e terminei de colocar as pizzas no forno, espanei as mãos em um pano de prato e depois fui me sentar do lado de Namjoon enquanto ele estudava.

— Você está seboso — Namjoon resmungou — Vai tomar um banho.

— Claro, quer vir comigo?

— Você e Tae fizeram as pazes? Parece que voltou a ficar engraçadinho.

Não respondi, Namjoon tinha encostado na ferida, e acho que percebeu isso, porque me lançou um olhar de canto e suspirou, voltando a escrever logo depois.

"Ainda bem que não ligo para a sua opinião..."

Por que eu tinha dito isso? Pra ser sincero, eu não sabia muito bem porque eu e Taehyung estávamos em pé de guerra, eu não tinha o direito de ter raiva dele, mas mesmo assim, desde a briga, nós dois só conseguíamos gritar um com o outro ou simplesmente ignorar a presença do outro.

Eu só... me sentia frustrado, não podia fazer nada e achava que ele jamais me perdoaria, já estava tudo perdido, eu me sentia tão indigno de qualquer atenção de Taehyung que nem mesmo sentia ciúmes de sua recente aproximação com Jimin. Quer dizer... nem sempre sentia ciúmes, às vezes eu queria muito bater na cara daquele baixinho e tirar os poucos centímetros que ele tinha.

— Vai querer conversar agora? — Namjoon perguntou.

— Não.

— Tudo bem. Sabe que estou aqui pra você, não é?

— Você não para de me lembrar...

— E você parece sempre esquecer.

Ignorei a resposta de Namjoon e apenas olhei para ele, meu melhor amigo, bonito, inteligente, cuidadoso, atencioso, humilde... O Namjoon de sempre. Seria tão mais fácil se eu fosse apaixonado por ele, seria tão mais simples se ele fosse meu e se eu fosse dele, ele me entendia melhor do que ninguém e vice-versa, eu nunca me machucaria de novo, nunca sofreria, estaria a salvo, estaria seguro... Estaria feliz.