47. Taehyung

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Atrasei um dia, mas tá aqui o capitulo pra vocês, um dia de tristeza e depressão, espero que gostem e bom choro(ノ◕ヮ◕)ノ*.✧💜

04/02/2017

De manhã, acordei no galpão, como fiz todas as manhãs depois de ter fugido, estava escuro, a luz passava por algumas brechas nas vigas do teto, por um momento quase esqueci onde estava e o que estava fazendo, então lembrei de tudo e suspirei pesadamente.

Eu queria sumir da presença de todos, estava com raiva, mas depois eu senti vergonha, percebi o quão mesquinho eu fui, meu pai com certeza estaria preocupado comigo e eu estava agindo como o "pirralho" de que era chamado. Me senti envergonhado por fazer meu pai se preocupar comigo daquela maneira, então eu achei que talvez eu tomaria coragem em algum momento, mas quanto mais perto chegava de fevereiro, maior ficava o motivo de não voltar para casa.

Jay nos levava para aquele depósito quando íamos passar o tempo depois das aulas, ele parecia ter sumido, então pareceu uma boa ideia ir para lá.

Me levantei e peguei as sobras que já estavam geladas de ontem, não tinha muito o que fazer ali, o banheiro era velho, mas tinha um chuveiro e eu pude passar os dias como se estivesse em casa. A não ser pelo fato de que eu obviamente não estava em casa.

Olhei com indiferença para as sobras e as deixei onde estavam, pensando no que fazer para passar o tempo, olhei distraidamente para o bunker. Era um lugar cinzento e frio, cheio de adesivos velhos e grafite nas paredes, tinha um beliche no canto e um sofá muito velho, uma geladeira pequena, o banheiro no canto e um armário cheio de roupas velhas, jogos de tabuleiro e cobertores. Jay passava a maior parte de seu tempo ali, mas como nem Kimberly nem nenhum dos outros tinha qualquer notícia dele, resolvi ficar por ali mesmo, parecia que Jay tinha realmente desaparecido da face da Terra.

Isso foi só até hoje de manhã.

A porta do depósito se abriu com um estampido, me fazendo pular quando Jay entrou no depósito, tropeçando nos próprios pés, ele olhou para todos os lados, parecia em pânico, suspirou em alívio, então prendeu a respiração ao me ver.

— O que está fazendo aqui? — Perguntamos ao mesmo tempo.

— O depósito é meu — Jay respondeu primeiro, assumindo sua postura dura de sempre — O que você está fazendo aqui?

—Eu, hum... e-eu...

Não sabia o que responder, mas não tive que fazer isso de qualquer maneira, ouvi as sirenes próximas, tão altas que não faço ideia de como não as notei antes.

— Mas que droga! — Jay xingou consigo mesmo, murmurou palavrões enquanto corria até a janelinha do depósito e espiava o que estava acontecendo lá fora.

Jay passou a mãos pelos cabelos pretos e xingou mais um pouco antes de sair correndo de um lado para o outro no galpão, abrindo espaços no assoalho e nas paredes, eu não fazia ideia de que aqui tinha espaços embutidos.

— O que está acontecendo? — Perguntei, mas Jay me ignorou e continuou vasculhando o lugar, parecendo aliviado por todos estarem vazios — Jay! Que droga está acontecendo?!

— Estou ferrado! Estou fodido! Acho que era só questão de tempo, mas... — Então Jay estacou e olhou para mim — Você é meu álibi, okay? Eu estava lá naquela noite e fui para casa, certo?

— Do que está falando?

— Da porra do Halloween! Eu estava lá, mas saí fora quando aquele cara chegou, tudo bem?

— Eu não estou entendendo...

— Tae... Escuta, não vai pegar mal pra você, você só vai me cobrir.

Nas Batidas do Seu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora