CAPÍTULO IX : Q U E M N Ã O A R R I S C A N Ã O P E T I S C A

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Você escolheu: ir para o hotel Cruz de Malta, essa escolha terá consequências.

- Como assim sumiu?

- Sumiu, desapareceu, puff!

- Mas...

- E tem mais, a polícia tá lá.

- A polícia?!

- Sim! A Diana falou que o quarto do cara é bizarro, o brother da recepção encontrou um monte de coisas rabiscadas nas paredes e tudo mais.

- Caralho parece o caso do menino do acre.

O silêncio estranho foi cortado por um breve momento de risadas esquisitas até Lucas tomar a frente.

- E a gente tá esperando o que pra ir lá?

- Cê pirou?? – Léo quase cuspiu o refrigerante

- Ué, não eram vocês dois que estavam cismando tanto que o cara tava metido em alguma coisa? É o momento perfeito pra tirar a prova.

- Garô, deu polícia na parada,..

- O que foi menor, tá com medinho? – arqueou uma das sobrancelhas com um sorrisinho divertido.

- pff, da um tempo, eu riu na cara do perigo! Vambora. – Gustavo se levantou da mesa, estufando o peito.

- Relaxa ai Simba, vou pedir o uber ainda. – Chamusca bateu a mão no ombro do carioca, fazendo-o se sentar de novo.

- A Diana falou em que hotel o cara tava ficando?

- Tá brincando, né? Diana nunca tem fofoca pela metade... Cruz de Malta.

Pouco tempo depois da conta paga, os cinco esperavam o uber inquietos do lado de fora do restaurante.

- A gente vai ter que dar um jeito de entrar sem dar pala... – Chamusca quebrou o silêncio alguns minutos depois que haviam chamado o primeiro carro.

- Alguém distrai os policiais enquanto os outros tentam entrar no quarto. – Léo dá de ombros

- Distrair como?

- Finge interesse no caso, pergunta o que tá acontecendo...enrrola.

- Boa Léo, você faz isso então!

- EU??

- É!

- MAS PORQUE EU??

- Ué você pareceu tão convicto...

- Gente eu vejo filmes, só isso.

- Já era, sobrou pra tu. – Gusta deu de ombros

- Merda...

O primeiro carro chegou e Chamusca e Léo se adiantaram para entrar:

- Falta mais um aqui...

- Vai Math, eu e Gusta pegamos o próximo. – Lucas se adiantou e Matheus olhou para o amigo, depois para Gustavo, depois para o amigo de novo antes de entrar no carro que logo se misturou aos outros que subiam a rua Galvão Bueno.

Parados lado a lado em frente ao restaurante, esperando que o próximo uber chegasse Lucas e Gustavo tentavam não encarar um ao outro, mas os olhores se chocavam a cada dois segundos, seguidos de sorrisos tímidos. Gustavo deu um passo para o lado, deixando a mão cair ao lado do corpo e a lateral de seu dedinho raspou nas costas da mão de Lucas, que agora mantinha o olhar fixo na rua, procurando pelo uber que virava a esquina.

O dedo mindinho de Gustavo timidamente deslizou pela lateral da mão de Lucas, que mesmo sem olha-lo sorriu e com um movimento sutil entrelaçou a ponta de seu mindinho com o dele e assim permaneceram o caminho todo até o Hotel Cruz de Malta.

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