CAPÍTULO XXIII: C A O S

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Você escolheu: voltar à casa de Simon à noite e sequestra-lo, essa escolha terá consequências.

- Como assim sequestrar?!

- Você sabe o que eu quero dizer com sequestrar, Niall.

- O CARA TEM UMA ARMA

- O "cara" vai estar dormindo.

- E como você espera que a gente leve o velho babão dormindo até lá?

- Jeff.

- O que? Eu o que?

- Você tem que nos ajudar a sequestrar o Simon.

- Mas que porra...? Olha isso ta ficando doido demais, eu não vou ajudar ninguém a sequestrar ninguém falo-AAAAAAH O QUE É ISSO??

Jeff saltou desesperado quando o chão começou a tremer. As luzes dos postes acendiam e apagavam incessantemente até algumas rachaduras começarem a surgir no asfalto.

- Alguém me explica que porra tá acontecendo agora??

- CALA BOCA JEFF – Os cinco soltaram em unissom.

- Merda merda merda merda – Louis pôs a mão na cabeça – Não vai dar tempo, temos que ir agora!

- E o que eu faço? O que eu faço? – Jeff insistia atônito.

- Você fica aqui e espera a gente voltar. Vamos precisar da van.

- Okay.

Jeff balançou a cabeça incerto e mais uma vez a terra começou a tremer e dessa vez a escassez de luz vinha do céu. A noite pareceu cair de uma hora pra outra, mesmo que os relógios de pulso marcassem quatro da tarde. O céu tinha um tom escuro avermelhado, e a claridade sumiu em poucos segundos.

- porra! – Chamusca balançou o celular para ativar a lanterna e logo os outros quatro fizeram o mesmo movimento.

Os cinco caminharam ao redor da propriedade com as lanternas ligadas, em busca de alguma possibilidade alternativa de entrada. Os muros altos intimidavam um pouco e os tremores que de vez em quando se repetiam deixavam a atmosfera ainda pior.

- Acho que devemos pular, duvido que as câmeras de segurança estejam funcionando com esse caos. – Liam foi o primeiroa se pronunciar.

Em pouco tempo formaram uma pequena fila na frente do muro de tijolos e com o apoio das mãos de Liam entrelaçadadas e os joelhas flexionados para o famoso pezinho, os quatro pularam.

- Eu fico para garantir que o Jeff não vá embora.

- Okay. – Louis o olhou uma última vez antes de voltar a atenção para a propriedade.

As luzes estavam amenas lá dentro, parecia soturno, pouco habitado. Como se o caos do que acontecia lá fora pouco afetasse a casa. Os quatro caminharam com pressa pela grama até os fundos da casa, dando de cara com uma enorme porta de vidro. Chamusca pegou uma das pedras do canteiro ao lado da porta e com um golpe quebrou um dos quadrados de vidro, o que foi o suficiente para enfiar a mão por dentro e destranca-la sem trabalho. Não houve alarme, apenas uma luz se acendendo no final do corredor.

Os quatro entraram ainda com as lanternas acesas. Como da primeira vez, o luxo da casa chamou um pouco a atenção, mas dessa vez tinham urgência. Seguiram até a luz no final no corredor. O tom azulado sinalizava que algo estava diferente do normal. Pé-anti-pé caminharam até a porta semi aberta. Entre a fresta, Louis pode ver Simon em seu roupão vermelho sangue e em sua frente um portal aberto, sugando a papelada da biblioteca a sua volta.

- Não dessa vez, seu merda! – Louis rosnou, pulando da porta, agarrando o corpo velho de Simon, imobilizando seus braços.

O velho soltou um grito raivoso e surpreso e automaticamente começou a se debater nos braços de Louis, que se mantinham firmes em torno dele.

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