V

3.3K 331 102
                                    

— Olá Ray!

Mesmo que ela tivesse falado, ainda fiquei surpreso. Quem tinha tocado a campainha de casa era Anna, minha prima mais velha, minha única prima para falar a verdade.

Eu e ela não nos falamos desde que ela teve que ir para uma escola que ficava em outro país, um internato. Então, ela não podia nos visitar tão frequentemente, e na maioria das visitas dela, eu estava ocupado fazendo alguma coisa e não podia falar na hora.

— Rayy?? — Anna passou a mão na frente do meu rosto.

— A-Ah! Anna! Não sabia que iria vir!

— Eu avisei para a tia Isabella. Ela não falou?

— Não.

— Entendi. Eu falei para ela que iria ficar aqui até amanhã. Ocorreu alguns problemas no internato e deixaram os alunos livres para fazerem qualquer coisa. Então decidi vir aqui!

— Ah tá... Entra.

Abri mais a porta para Anna entrar, ela entrou e ficou olhando para a casa, em seguida eu entrei e fechei a porta.

— Aposto que foi você que arrumou a casa. — Anna falou enquanto ria. — Você sempre teve essa mania de arrumar a casa mesmo que ninguém pedisse.

— A casa fica empoeirada, e você sabe que eu não gosto muito de coisas empoeiradas. — Anna riu mais ainda e eu ri junto.

— Masss... — Anna sentou no sofá e olhou para mim. — Como anda a escola?

— Bem.

— Que bom!!

Ficamos conversando por um longo tempo, e durante esse tempo, mostrei o quarto de hóspedes para Anna e a ajudei a arrumar as coisas que ela tinha trago para ficar aqui. Era bom ter a companhia dela. Eu e ela além de sermos primos, somos até amigos, e eu acho bom isso.

[...]

Eu me encontrava no meu quarto, olhando meu computador enquanto escuto música, até que ouço batidas na porta e tiro meus fones, vendo a porta sendo aberta logo em seguida.

— Ei, Ray. Será que pode me ajudar a cozinhar? — Anna perguntou meio envergonhada olhando para mim.

— Ainda não sabe cozinhar?

— Não me culpe! Não fico tanto tempo na cozinha! — Ri e coloquei o computador na cama.

— Ok ok, o que quer fazer? — Perguntei enquanto saímos do meu quarto.

— Qualquer coisa que não dê tanto trabalho. Não quero te atrapalhar.

— Eu não estava fazendo quase nada, então não tem problema em pedir alguma coisa que dê trabalho. — Desci até a cozinha e comecei a pegar alguns materiais. — Quer bolo de chocolate?

— Não é muito trabalhoso?

— Não precisa se preocupar. Vem, você não vai ficar apenas me observando fazer.

Anna veio até a cozinha e eu comecei a ensiná-la a fazer um bolo. Entendo o motivo de ela não saber cozinhar ainda, afinal, ela já tinha as refeições feitas pelo povo do internato, então é esperado. Mas, hoje ela vai aprender pelo menos a fazer um bolo.

— Agora, é só esperar. — Falei vendo Anna colocar o bolo no forno, logo eu ativei o contador de tempo. — Daqui uns trinta minutos vai ficar pronto. E então, vamos ver se você realmente sabe cozinhar bem.

— Vai ficar melhor do que o seu.

— Desde quando a tarefa feita pelo aluno fica melhor do que a tarefa feita pelo professor? — Anna logo bateu na minha cabeça e eu ri. — Aí!

As Flores (NorRay)Onde histórias criam vida. Descubra agora