Capítulo 15

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   Han:

     O meu último dia na Editora Ametista foi com todos dizendo que iam sentir minha falta mesmo que eu só tenha passado dois meses com eles.
Sai para almoçar com os outros temporários já que criamos uma ótima amizade.

    A noite, estavamos prontos para ir da empresa mesmo até o bar onde iria ter minha despedida, Anna arrumava suas coisas para ir. Eu e ela não temos conversado durante o dia todo e ontem a noite depois do jantar com Minho ela simplesmente não quis conversar comigo, só me disse "Boa noite, Han" e se trancou no quarto hoje de manhã ela tinha saído mais cedo e nem me deu bom dia.
   Vou até perto dela

—Oi –ela me olha e depois volta a arrumar sua bolsa

—Oi, Hannie – fiquei aliviado ao ouvir ela me chamando pelo apelido

—Achei que você tava chateada comigo, que alívio – coloco a mão no peito em sinal de alívio

Ela sorri fraco, ainda não tá tudo bem mas ela não vai me dizer o que aconteceu

—Então gente! –Joy aparece num pulo —Vamos? Quem vai dirigir?

—Eu dirijo! – mostro a chave para elas

—Pode deixar, eu dirijo, Han– Anna diz. Mas eu sei que no fim ela vai beber e eu vou voltar dirigindo, mas deixo ela.

Entramos no carro de Anna, Eu no banco de trás e Joy no da frente com Anna ela passou o caminho super animada. E Eu ainda preocupado com o que pôde ter deixado minha amiga chateada.

   No bar, sentamos todos na mesa e eu na frente de Anna, então começamos a beber e comer. Eu não bebia porque sabia que no fim eu ia voltar dirigindo para elas, Anna se mantia forte sem beber mas se eu a conheço bem logo ela vai estar bebendo.
    Minutos depois Joy já estava meio bêbada e rindo por nada, e Anna ainda não havia bebido nada além de água.

—Ei! - Eu a chamo baixo só para ela ouvir e ela me olha —Pode beber, eu te levo para casa

—Obrigada, Han. Mas eu prefiro não beber, sabe o que aconteceu da última vez e é sua noite

Eu sorrio

—Eu não vou beber, tudo bem– Sorrio e ela suspira ainda me olhando pensando em alguma coisa

—Han, posso falar com você?– Joy fala, ela já está meio bêbada

Eu assenti e a segui até o lado de fora onde estava silêncio para ela poder falar.

—Eu não planejava isso, na verdade principalmente agora que eu vi o jeito que você olhou para minha amiga. –ela começa— Mas só se vive uma vez, então eu prefiro dizer logo, eu fiquei interessada em você. Sabe, te achei incrível e bonito então eu queria pedir o seu número pra talvez a gente tentar alguma coisa... sei lá. –tento raciocinar o que ela disse

—Eu... Não sei –digo ainda confuso

—Tudo bem se não tiver interessado em mim. Tudo bem mesmo, eu realmente não ligo, só queria manter contato com você porque te achei incrível, nem que seja só amizade – Joy sorri —Não ligo em ser rejeitada, inclusive te achei super fofo com a Anna, se ela não gostasse só de quem não presta. Meu sonho é ver ela com alguém como você porque ela também merece. –ela parece uma ótima amiga

—Ainda não entendi, isso foi tipo uma declaração? – a pergunto confuso e ela ri também

—Mais ou menos – olha para o nada e depois me olha de novo—Foi mais um desabafo. Eu de verdade quero manter uma amizade, e supero rápido. –ela pisca, parece realmente não ligar então eu desisti de entender

—Você também deve ser incrível, mas eu... gosto de outra pessoa– digo devagar —Espero que um dia essa pessoa também me retribua

Sorrio pensando

—Tudo certo, não se sinta mal por mim, no dia que a pessoa te retribuir me chama pra ser madrinha do casamento? Meu sonho é ser madrinha de alguém

Ri com o pedido

  Conversamos um pouco mais e quando entramos Anna estava com a cabeça deitada em cima da mesa e com cinco copos vazios do seu lado.
Eu sabia que ela não ia aguentar.

—Pelo visto ela recaiu –um garoto de cabelos longos diz olhando para Anna.

—Eu sou o motorista, vou levar ela para casa –meu medo é ela dizer alguma coisa que não deve — Você vai agora Joy?

—Vou, acho que para mim ja deu também – Ela pega suas coisas e as da Anna

—Anna, vamos pra casa –digo mexendo em seu braço para ela acordar

Minha amiga levanta a cabeça me olhando e abraçando meu pescoço, alguns ficaram olhando mas eu já não ligava. Ela me olha sorrindo e eu tiro devagar os braços dela do meu pescoço

—Vamos – a ajudo a levantar e me despeço do pessoal e Joy faz o mesmo.

Nos sentamos no carro e eu coloco Anna no banco do carona colocando o cinto de segurança nela. Ela me olha mas depois fecha os olhos
    Deixei Joy em casa e ela se despediu e me deu o endereço da casa de Anna, mesmo que eu já soubesse
  Segui o caminho tranquilamente, quase não havia movimento por ser tarde. A vejo se mexer e abrir os olhos preguiçosamente me olhando

—Você é lindo, eu amo muito você –ainda bêbada ela diz

—Então por que estava com raiva mais cedo? – não a olho, prestando minha atenção na rua

—Porque ele te chamou de Hannie e você chamou ele de baby – a vejo cruzar os braços

Rio com isso

—Então era ciúmes? Mesmo? Porque não me disse – a olho rápido e volto minha atenção para a estrada logo depois

— Não queria que você ficasse com raiva de mim

—Eu não ficaria com raiva, sabe que eu te amo também... até demais –ela sorri e vira a cabeça para meu lado

Quando chegamos em casa percebo que ela havia dormido de novo. Eu estaciono o carro e olho para ela dormindo tranquilamente, tiro uma mecha de cabelo do seu rosto e suspiro

—Eu te amo demais, não precisava de ciúmes porque pra mim só existe você sempre foi só você –coloco uma mecha do seu cabelo para trás a vendo dormir tranquila

Foi aí que eu decidi que me declararia de novo para ela, pela última vez e então se ela me rejeitasse eu desistiria de vez.

Na melodia do coração- (Han Jisung)Onde histórias criam vida. Descubra agora