Capítulo 18

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Anna:

No domingo eu saí ainda quando Jisung estava dormindo, não ia conseguir o encarar agora. Principalmente depois de eu ter beijado ele, o que não estava nos meus planos. A tarde me encontrei com Clara e Minho no parque

-Você o que?! -Clara diz quase gritando depois que eu contei da noite passada

-Eu tava bêbada. -era mentira, eu não estava completamente sóbria mas também estava consciente das minhas ações

Eles riram debochados, eu odeio o fato dos dois sempre saberem quando alguém está mentindo. Deve ser por isso que eles dão tão certo

-E a melhor forma que você lida com isso é fugindo dele? -Minho pergunta

Não respondo, eu sei que é errado mas eu não sabia o que fazer, então essa pareceu ser a melhor decisão no calor do momento.

O celular de Minho toca

-Ah, oi Jisung - Minho me olha - Sim ela tá aqui... Ok vou dizer. Tá, tá -revira os olhos -Não precisa chorar, eu sei. Tá -Minho desliga na cara dele -Era o Han, ele tá preocupado porque você sumiu e disse pra atender ele

Pego o celular e tem 15 ligações perdidas dele

-Sabe, Você tem que conversar com ele. -Clara diz

- O que eu diria? -A olho

-O que você sente? - Ela diz como se fosse óbvio -Você gosta dele e ele de você acho que já tem a resposta.

-Eu tenho medo de dar errado, eu não sei bem como é amar alguém... não tenho boas experiências

-Pra amar alguém você não precisa de um cursinho, Anna. Você fala como se fosse uma coisa muito difícil. -Minho diz

-As vezes só precisa deixar acontecer mesmo que no começo você tenha vontade de mandar a pessoa ir tomar naquele lugar - Clara diz rindo e Minho a segue. Parece uma piada interna dos dois

-Eu sempre quis saber... como vocês se conheceram? -pergunto curiosa

-É uma longa história -Clara diz simplesmente -Talvez um dia eu te conte. Mas agora vai resolver a sua - eles se levantam

-Conversa com ele, é o mínimo- Minho fala, antes de irem embora me deixando sozinha olhando para o lugar vazio na minha frente.

   Já no estacionamento da minha casa, eu estava nervosa, não sabia o que falar ou fazer quando encontrasse o Han

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Já no estacionamento da minha casa, eu estava nervosa, não sabia o que falar ou fazer quando encontrasse o Han. E foi a primeira coisa que eu vi quando abri a porta: ele parado de braços cruzados na frente da porta
Meu coração acelerou na hora.

-Hannie... Oi - Passei por ele indo para a cozinha e pegando a garrafa de água na geladeira

-Onde você foi tão cedo? Porque não me avisou -ele estava com as sobrancelhas juntas, em uma expressão preocupada.

-Desculpa -não estava o olhando -Eu tinha que pensar um pouco...

-Pensar sobre o que? -ele se senta na cadeira no balcão e me olha

-No erro que eu cometi ontem.- respondo sem pensar ainda sem o olhar

-Erro...? -Jisung parecia desapontado e eu o olhei

Eu devo o afastar? Ou tentar? Mas se eu o machucar igual fiz com os outros?

-Foi um erro, eu estava bêbada.- o olho me mantendo firme na decisão que tomei

-Bêbada? -ele ri sarcástico -Você não lembraria se tivesse. Você se declarou pra mim! -ele se levanta

-Por isso foi um erro. -Eu não me declararia assim. Eu queria ter dito mas a última parte não saiu

Vejo seus olhos começando a marejar

-Era mentira? -sua voz estava embargada, prestes a chorar. Meu coração apertou

Não respondi. Só o olhei. Eu queria dizer que não era, queria o abraçar e dizer que era tudo verdade

Mas e se eu o perder?

Jisung, então, só balança a cabeça

-Eu te amo, sempre amei desde meus 14 anos. Eu escrevia as minhas músicas pensando em você, todas as letras eram sobre você era minha forma de declaração. -meu coração estava cada vez mais apertado enquanto ele dizia entre lágrimas -Eu fiquei feliz em saber que você sentia o mesmo, mas agora você disse que era mentira -ele suspirou

-Jisung... - Eu tento explicar, por um segundo deixei o medo de lado

-Tudo bem, não precisa explicar -ele pega a chave do seu carro e vai em direção a porta -Amanhã eu volto pegar minhas coisas

Han sai me deixando sozinha olhando para a porta que ele acabou de passar, me sento na cadeira em choque pelo que aconteceu.

Eu deveria dizer que o amava também

Eu sou TÃO burra. Começo a chorar com o arrependimento me consumindo. Não devia ser assim, eu não queria o perder mas o efeito foi totalmente contrário.

Na melodia do coração- (Han Jisung)Onde histórias criam vida. Descubra agora