Anna:
12 anos depois:
Sentada em frente ao meu notebook de braços cruzados, não conseguia pensar em nada para escrever. Tiro meus óculos olhando pra tela com o arquivo em branco, depois de escrever cinco livros sendo dois best-sellers tendo apenas 20 anos, e agora, dois anos depois as ideias simplesmente pararam de fluir. Comecei a escrever quando tinha 11 anos com histórias pequenas que sempre reescrevia até um dia ter coragem de publicá-las.
Me levanto indo em direção a cozinha pra beber água, no caminho vejo meu celular na mesinha da sala vibrando sem parar, e eu já até sabia quem estava mandando tanta mensagem.
30 mensagens e 5 ligações perdidas de Han, e na maioria das mensagens ele dizia "se você não me responder em 10 minutos eu ligo pra polícia e digo que você está desaparecida". "Por favor responde, o que eu fiz? Você tá com raiva?"
Rio com o desespero do meu amigo e retorno a ligação, mas não dá tempo dele atender, a campainha da casa toca e eu vou atender a porta e assim que me vê meu amigo grita:—EU JURO QUE IA LIGAR PRA POLÍCIA –Ele diz me olhando com um falso desespero
—Calma, eu tava no escritório e o celular tava só vibrando na sala – digo rindo e entro sendo seguida por ele, que logo se senta no sofá tomando bastante espaço
Vou até a cozinha e pego dois copos de água, levando um pra ele e afastando as pernas dele pra me sentar do seu lado no sofá
—O que vai fazer hoje? –ele pergunta por fim
—Sair com meu namorado... E os amigos dele –faço cara de desgosto, ele sempre leva os amigos quando saímos e eu me sinto deslocada com eles
—Aquela cara? Você não terminou com ele ainda?–Han me olha com uma cara de julgamento, mas rindo depois
Ele não gostava nem um pouco do meu namorado
—Tudo bem, tá decidido.
Eu vou com você - ele se deita no sofá colocando o copo em cima da mesa e as pernas no meu colo—Hannie, você não precisa ir –eu sabia no que podia terminar, e não seria bom pro meu amigo
—Eu não vou deixar você sair com um monte de babaca sozinha, sem contar que é sábado e eu ia te chamar pra sair de todo o jeito – diz sem me olhar. Ligando a TV e colocando em um dorama que ele está viciado ultimamente
Já me acostumei com a sua presença, ele passa mais tempo na minha casa que na dele. Sinto que ele está se mudando aos poucos já que o quarto que antes estava vazio já está sendo ocupado com as coisas dele, isso não me incomoda nem um pouco. No fundo eu detesto ficar sozinha, isso explica meus vários namoros e nem um pouco duradouros, mas de acordo com meu melhor amigo nao duram por dois motivos:
Primeiro, eu só namoro babaca
Segundo, eu não namoro com ele
Claro que o segundo motivo ele ri dizendo que é brincadeira e mudando de assunto no mesmo segundo, mesmo que ele sempre faça piadas desse tipo.
As vezes nos perguntam se nós namoramos e sempre rimos negando ou brincando com isso.No fim não tive como fazer Jisung mudar de ideia, e ele acabou vindo comigo até o bar encontrar meu namorado comigo.
Antes de entrar me viro pra ele, que está com uma cara séria e vestido com uma calça e uma blusa da mesma cor e com as mãos no bolso.Ele quer parecer intimidador?
—Olha, Hannie, você não precisava vir se não quisesse –me viro para ele como se ainda tivesse chance dele ir embora, e ele só ri
—Eu já tô aqui, baby. –ele abre a porta do bar — Agora, vamos
Eu suspiro fechando os olhos e entro no lugar, encontrando meu namorado com seus 3 amigos e mais 2 garotas, rindo, sentados na mesa mas assim que eu chego perto eles param de rir na hora, me olhando de um jeito que me fez sentir intrusa na roda.
—Por que ele tá aqui? –foi a primeira coisa que meu namorado disse olhando para meu melhor amigo.
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Na melodia do coração- (Han Jisung)
FanficAnna trabalha como editora chefe na Editora Ametista, após escrever e publicar cinco livros sendo dois best sellers aos vinte anos, graças ao seu melhor amigo que a encorajou. Porém, agora aos vinte e dois anos, ela não consegue mais pensar em nada...