Capítulo 2

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   Han:

    Depois que o namorado idiota da Anna finalmente parou de fazer perguntas a gente pôde se sentar na mesa, ela do lado dele e eu na frente, nós dois nos encaravamos com ódio. Nunca gostei desse cara, principalmente pela forma que tratava minha melhor amiga.

  —Então você veio porque tava na casa dela? –Ele pergunta

—Sim. –Digo simplesmente, de braços cruzados olhando para ele

—Porque ele tava na sua casa, amor?

—Ele é meu melhor amigo, é normal amigos estarem na casa de outros – Ela explica tranquila, bebendo mais um copo da bebida que um dos amigos dele serviu

—Eu não gosto dele na sua casa– Ele diz olhando pra ela

—Ainda bem que a casa é dela –murmuro

—Falou alguma coisa?– todos da mesa me olham o que me faz ficar um pouco ddesconfortável

—Não, nada– Me arrumo na cadeira

A essa altura minha amiga já estava no seu segundo ou terceiro copo de bebida

—Você não vai beber?– Uma garota de cabelo curto me pergunta chegando perto demais

—É- Eu, eu não posso. Tô dirigindo– Sorrio meio sem jeito, só quero tirar a atenção de mim

Funcionou, todos voltaram a conversar fingindo que eu não estava ali. Duas horas depois, eu apenas observava enquanto minha amiga beber o seu quarto copo de bebida, e o garoto de antes servir mais. Eu sabia que ela tava quase no limite, já estava claramente bêbada

—Bebe mais, amor –O namorado encorajava e os outros riam. Eu sabia que ela era fraca pra bebida e já estava preocupado com isso.

— Eu.. O que é essa bebida? – ela diz já se atrapalhando com as palavras

—Não precisa saber, querida, só bebe – ela fez o que ele disse o que me deixava cada vez mais preocupado e isso já estava estampado na minha cara e eu já não parava de balançar as pernas— Isso... Inclusive, você vai dormir na minha casa hoje não é?

Antes que ela pudesse responder eu levanto chamando a atenção para mim novamente, me deixando sem reação

—Hannie! – Anna diz sorrindo pra mim me fazendo esquecer a atenção dos outros —Você é tão fofo! eu te amo – ela deita a cabeça em cima dos braços na mesa e me olhando. Meu estômago criou um monte de borboletas enquanto o namorado dela me olha como se quisesse me matar

—É... Anna, a gente tem que ir. Acho que que você não aguenta mais beber –vou para o seu lado me abaixando e tirando o copo da sua mão, mas o namorado dela a segura antes que eu pudesse a tirar dali.

—Anna? – ela soluça — O que aconteceu com o baby? Você não me ama mais? –Diz chorosa e eu fico vermelho com a situação e os olhares para nos dois

—A gente tem que ir– tento a levar de novo mas o namorado dela a segura mais forte

— Pode deixar a minha namorada, eu levo ela... –Ele dá ênfase no "minha" —Até porque ela vai dormir na minha casa hoje. Se é que me entende – ele diz e pisca para mim sorrindo de um jeito malicioso que me deixou com nojo dele

De jeito nenhum que eu vou deixar a minha melhor amiga com esse nojento, preciso tirar ela daquela situação urgentemente.

—É que, ela não consegue dormir se não for na cama dela – digo sem pensar muito.

Ótima desculpa, Han Jisung. Acha que ele vai acreditar nisso?

  A Anna já estava quase caindo, era fraca pra bebida e com certeza ele faria ela beber mais e eu não me perdoaria se a deixasse sozinha com ele como nas vezes que eu decidi não vir com ela

—Jura? Da última vez ela não reclamou –ele riu acompanhado pelos amigos e meu sangue ferveu.

Respirei fundo rindo alto logo depois, ainda abaixado do lado da cadeira onde minha amiga estava. Wodin me olha confuso

—Desculpa, é que eu lembrei que vocês estão juntos a dois meses e nesse tempo eu tenho certeza que ela não dormiu com você – eu continuo rindo

Ele fica vermelho pela vergonha, mas era verdade. Nesses dois meses a Anna nem mencionou em dormir com ele mas mesmo assim ele continuava insistindo, perdi as contas de quantas vezes eu tive que tirar ela de situações assim.

—Como você tem certeza? - ele pergunta com raiva

—Anna, quantas vezes você dormiu na casa do seu namorado? –pergunto para minha amiga que ainda inventava de beber mais um pouco

—Nenhuma! – Ela sorri —Eu gosto de dormir na minha casa, com você —todos se entreolham tentando entender a frase dita, o namorado dela estava igual tanto que logo soltou ela

Sorrio sem jeito, ela bêbada é com certeza perigosa. Depois disso eu tiro ela dali antes que falasse mais alguma coisa e o namorado dela decidisse dar um soco na minha cara o que sem dúvidas doeria já que ele tem o dobro da minha altura.

Coloco ela no banco do carona colocando o cinto de segurança nela, ela sorri mais uma vez

—Você quase me fez ficar em uma péssima situação, o que você ia fazer se ele machucasse o meu lindo rosto? – Ela não disse nada, só me olhava piscando lentamente e sorrindo, levanto indo em direção ao banco do motorista mas antes de ir pra casa passo numa farmácia e compro um remédio contra ressaca.

 

Na melodia do coração- (Han Jisung)Onde histórias criam vida. Descubra agora