Capítulo 30

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Bianca POV

- Finalmente. Achei que tinha morrido lá dentro. - Maria Eduarda fala assim que me vê saindo do banheiro.

- Nem demorei tanto. - Ela me olha com cara de poucos amigos. - Talvez só um pouquinho. -

- Vem cá deitar de uma vez. - Duda fala e a olho surpresa.

- Nem parece que ficou o tempo todo falando que não vai nem encostar em mim aqui por quê não quer chatear a Gabi. - Falo e ela me encara séria.

- Tu sabe que eu não menti quando falei isso, só que agora ela não tá aqui e eu só não consigo ficar muito perto na frente dela. - Duda completa sua ideia enquanto me deito do seu lado.

Deito de frente para a garota e me perco olhando em seus olhos.

- Apaga a luz? - Duda pede eu prontamente faço.

- Você já vai dormir? - Olho pra ela fazendo beicinho.

- Não, a luz tava irritando meu olho. - Duda fala e chega mais perto, passando sua perna por cima da minha.

- Aí que folgada. - Resmungo e ganho um leve tapinha em resposta. - Mas eu senti tanta falta de ficar assim contigo. - Maria Eduarda sobe o olhar para minha boca e sela nossos lábios.

Ficamos por um tempo em silêncio até eu começar a cantarolar uma música.

- Que música é essa? - Duda me pergunta.

Me sento e canto olhando para ela. - Você é meu ponto de desequilíbrio, olha só o que você causa comigo, eu tento ficar longe da sua zona de perigo, mas a sua boca sempre acaba me atraindo. - Eduarda sorria enquanto eu cantava para ela. O sorriso mais lindo do mundo, que eu não via fazia algum tempo, mas agora vou fazer todo o possível e o impossível para ele nunca mais sair do rosto dela. - Só pra disfarçar, aumenta o volume, se alguém escutar a gente se assume. - Canto e quando iria continuar a porta é aberta.

Encaramos minha ex namorada que tinha acabado de entrar no cômodo e logo em seguida caímos na gargalhada.

- O que foi? - Nenhuma resposta foi direcionada a menina loira, apenas mais risadas. - Vocês são estranhas. - Gabi fala e sai do quarto fechando a porta.

- E aí? Achei que se alguém escutasse tu ia me assumir. - Duda fala em deboche. - Vem aqui. - Ela me puxa pela gola da camisa e me dá um beijo.

Todas as vezes que a Maria Eduarda me beija parecem a primeira vez. As borboletas sempre voltam fazendo com que eu me arrepie inteira, minhas pernas ficam extremamente fracas, meu coração parece querer sair correndo.

Os sorrisos no meio do beijo fazem tudo ficar mais mágico. Nos separamos contra gosto com alguns selinhos e colamos nossas testas.

- Eu nunca mais quero ficar tanto tempo longe de você. - Falo com a voz rouca e vejo Eduarda sorrir.

Apenas a luz da lua iluminava o quarto, e a garota carioca conseguia ficar ainda mais bonita.

Aperto a garota em um abraço tentando demonstrar tudo que eu estava sentindo, eu não sabia como me expressar direito, sempre fico dando voltas e voltas com as palavras.

Não sabia se eu deveria falar alguma coisa, eu queria falar, mas não queria falar demais e estragar o momento, então decidi fazer a melhor coisa que sei.

- Navegaremos em instantes; Em uma época em que eu era como rei; Não tinha alternativas não sabiam o que eu sei; Sobre o espaço tempo que me faz refém de ti. - Estávamos deitadas em silêncio e a garota agora me olhava nos olhos, eu tinha toda sua atenção.

Quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora