Capítulo 35

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Bianca POV

Estávamos todos terminando de por nossas malas na van quando Gabi me chamou pra conversar.

Fomos até a parte de trás da casa e a garota logo começou.

- Amiga, você não ficou triste comigo né? Bianca eu juro que eu ia te falar da Maria, juro mesmo. É só que a sua opinião importa tanto, que eu não queria te falar sem ter certeza, você é a minha melhor amiga, e a tua opinião é uma das únicas que importam pra mim, eu quero poder te apresentar ela quando estivermos juntas de verdade, sair em casal com você e com a Duda. - Aquilo estava tudo muito fofo, tadinha da minha amiga, eu nunca ficaria brava com ela por esse tipo de besteira.

- Ei, eu não tô brava não meu bem, eu te amo amiga, e fico feliz que mesmo depois de todas as merdas que eu fiz você ainda me considere tanto. - Abraço a garota na minha frente e logo escuto uma voz atrás de nós.

- Que lindas os meus amores. - Era uma Eduarda sorridente. - Só que não vou perdoar vocês por não terem me chamado pra oficializar o trisal. - Reviro os olhos e disparo.

- Eu não te divido com ninguém meu amor, quem divide multiplica, não funciona aqui. - Falo e elas abrem a boca em surpresa.

- Bianquinha mostrando suas garras, quem diria. - Gabi fala e solto uma risada.

A garota loira vai em direção ao ônibus e ficamos ali atrás da casa.

- Ei gatinha, será se você talvez queira sentar do meu lado no ônibus? - Eduarda fala com os pés cruzados e olhando para baixo com vergonha encenando aquelas cenas de filmes de colegial.

- Acho que sim. - Sorrio e estendo minha mão pra ela.

Selo nossos lábios. - Te gosto muito. - Sorrio de leve e a garota retribui.

- Eu também. - Ela suspira e me abraça. Escutamos uma buzina soar, e Duda logo fala. - Vamos amor. - Ela me puxa pela mão.

Esse final de semana tinha sido o melhor da minha vida. Com toda certeza do mundo eu a traria mais vezes aqui, mas nas próximas seríamos só nós duas.

Sentamos no último banco como na vinda, porém dessa vez apenas eu e ela.

Não demorou muito para a garota carioca se jogar em cima de mim, ficamos a viagem de volta inteira trocando carinhos.

Como combinado a van deixou todos em casa, menos Eduarda que iria descer na minha casa.

Assim que estacionamos no quintal avisto um carro desconhecido.

- Olha é o carro do meu pai. - Duda fala e sorri.

Descemos do veículo e fomos em direção a minha casa.

- Chegamos gordinhos. - Falo quando entramos.

- Se você não tivesse falado, eu nem ia perceber. - Minha mãe responde.

Suave igual ao coice da vaca mimosa.

- Oi amor do papai. - Rogério vai em direção a Duda que fica vermelha ao me olhar.

- Para pai. - Duda fala resmungando e seu pai ri.

- Vamo lá pro quarto Maria Darda? - Chamo a garota que abre um sorriso em minha direção.

- Claro. - Imediatamente Duda me estende a mão.

- Mas a Bianca não tava namorando a Gabi até sexta feira? - Escuto meu pai perguntar e minha mãe ri.

Eu já havia contado para ela toda a história do meu término e sobre gostar da filha dos amigos dela.

Minha mãe apenas sorriu e disse que queria que eu fosse feliz com a menina que eu gostava, e que esperava que eu fosse responsável pois o pai da minha futura namorada iria me fazer picadinho se eu magoasse a filha dele.

Quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora