Capítulo 36

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Maria Eduarda POV

- Amor você não quer dormir aqui? - Escuto Bianca perguntar.

Antes mesmo de eu responder minha mãe dispara.

- Negativo! - Olho para ela com carinha de cachorrinho que caiu da mudança. - Nem me olha assim Maria Eduarda, primeiro que vocês tem aula amanhã e não é só por quê a Bianca é menina que não vamos ter regras. -

Não acredito nisso, eles são impossíveis.

Ficamos sentadas enquanto meu pai passa uma lista do que não podemos fazer, pareciam mais os 10 mandamentos.

1 - Nada de dormir na casa da namorada em dia de semana;
2 - Só dormirá na casa dos sogros o dia que eles estiverem em casa;
3 - Só pode ficar na casa da namorada até às 20 horas em dias de semana;
4 - Nada de mãos bobas para cima da filhinha do sogrão;
5 - Mimar a filhinha do sogrão frequentemente pois ela é uma princesa;
6 - Não fazer a filha do sogrão chorar ou sofrer em hipótese alguma;
7 - Não levar a filhinha do sogrão para nenhum cantinho para corromper sua inocência;
8 - Não deitar com a filhinha do sogrão sem roupas;
9 - Não maltratar a norinha do sogrão em hipótese alguma;
10 - Não burlar a lista do sogrão.

- Ainda bem que essa lista só vale pra namorada, a gente ainda não namora. - Comemoro. Cedo demais!

- Ótimo. - Meu pai sorri diabólico. - Mandamento décimo primeiro: Nada de ficar na casa da ficante depois das 18 horas em dia de semana; e mandamento décimo segundo: Só pode dormir na casa da ficante um final de semana sim e outro não. - Meu deus pra que eu fui abrir a minha grande boca!

- Posso me despedir da gatinha sua filha com um beijinho senhor? - Bianca para em posição de continência na frente do meu pai.

Pra que ela foi dar corda.

- Permitido soltada. - Os dois batem continência e Bianca vem marchando até mim.

- Um...dois...- Ouço Bianca contar baixinho do meu lado. - TRÊS...CORRE DARDA. - E saímos correndo da sala feito duas crianças.

Nós escondemos atrás do carro dos pais da minha quase namorada.

- Acho que aqui ele não vai pegar a gente. - Bianca diz sorrindo.

Ela põem seus dois braços envolta da minha cintura e me beija.

Era um beijo calmo, leve e sem malícia. Eu amava beijar Bianca, com toda certeza essa era uma coisa que eu poderia passar a noite inteira fazendo.

Sinto suas mãos escorregarem pelo meu corpo, uma em direção a minha nuca e outra para minha bunda.

Bianca aperta o local me trazendo mais para ela, que pegada Deus.

- MANDAMENTO SÉTIMO: Não levar a filhinha do sogrão para nenhum cantinho para corromper sua inocência. - Meu pai chega do lado do carro dando uma batida na lataria da caminhonete nos fazendo pular.

- Aí pai, agora vai me empatar sempre? - Pergunto e ele sorri balançando a cabeça.

Não entendi como ou porquê, mas a idiota da Bianca tava jogada na grama.

Mostro a língua e vou em direção ao carro indignada.

- Tchau Gatinha. - É a única coisa que ouço Bianca dizer quando me viro sem ao menos nem ajudar a paulista a se levantar da grama.

- E você fica esperta Kropf, não maltatarás a norinha do sogrão em hipótese alguma. - Meu pai fala apontando pra mim enquanto ajuda Bianca a levantar.

- Obrigada sogrão. - Bianca fala e meu pai fecha a cara.

- O que você disse? - Meu pai cruza os braços na frente de seu peitoral e a garota sai de fininho para dentro de casa.

Quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora