Capítulo 40

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(N/E: escutem dandelions)

Bianca POV

22/12/2021

Já eram 1:30 da manhã, meus pais e os da minha garota já haviam ido embora.

Eu estava tentando achar a brecha certa para levar ela embora dali, mas parecia que esse momento não chegava nunca.

Não iria ter um momento certo, eu apenas tinha que tentar.

- Amor, vem comigo? - Chamo Maria Eduarda que me olha confusa.

- Já quer ir embora amor? - Ela pergunta e eu nego.

- Quero tomar um sorvete. - Falo e ela aperta seus olhos em desconfiança.

- Sorvete às uma e meia da manhã Bianca? -

- Sim? Não posso? Tô com desejo. - Ela cruza os braços em frente ao seu busto e fala debochada.

- A gente pode tomar sorvete amanhã, vida. E quem tá grávida é a minha mãe, não você, tu é sapatão Bianca! A não ser que eu tenha dedos milagrosos, vai te pra merda. Desejo aham. - Como eu iria fazer pra essa menina ir comigo sem eu ter que abrir minha boca. Ela me olhou pensativa. - Oh Bianca! Deixa de ser sonsa garota, o que tu tá escondendo? - Eu estava quase entrando em desespero, meu Deus.

Faço meu melhor bico e vejo Eduarda revirar os olhos. - Espero que eu não me arrependa. -

- Nem parece que tu que é a velha do rolê que qualquer oportunidade de ir pra casa tá indo. - Levo um tapa no ombro.

O caminho até o carro foi um completo silêncio, mas não era desconfortável, era só silêncio.

Vi o olhar de Eduarda mudar assim que comecei a entrar por ruas que a menina não conhecia.

- Bianca onde cê tá me levando? - Ela pergunta virando de frente para mim no banco do carona.

- Não confia em mim vida? - Pergunto sorrindo de lado.

- Não. -

- Nossa amor, cortou o clima. - Encosto o carro e olho sério para ela.

O clima entre nós duas era sempre assim, de brincadeiras e descontração, umas das coisas que eu mais amava em nós.

- Que foi maluca, nunca me viu? - Ela pergunta sem entender nada.

- Saí. - Aponto pra rua fazendo graça. - Sai do carro. - Ela ri de leve e nega.

- Deixa de ser besta né garota, óbvio que confio em ti, só quero saber onde a gente tá indo. - Não respondo nada apenas continuo rumando para minha antiga casa, lá que seria o pedido.

Quando chego na frente do prédio, vejo a cara de confusão da menina aumentar ainda mais.

Abro o portão da garagem e entro.

- Tá, você é uma psicopata e me trouxe aqui pra me matar? Porque tu não fala nada sua estrupício ? - Ela já estava começando a ficar brava.

- Lá em cima eu te explico pode ser?! - Eduarda se deu por vencida. - NÃO SAÍ. - Ela me olha assustada. - Eu abro. -

- INFERNO que susto Bianca. - Saio do carro rindo.

Fui até a porta do passageiro abrindo a mesma e esticando minha mão para a garota.

Ainda bem que eu tinha pedido pra Sté e pro Gagui passarem aqui, eles concordaram e vieram "embora" um pouco antes de nós duas, para acender as velas e esquentarem a comida.

Eduarda entrelaça nossos dedos e sorrio com o gesto.

- Então eu queria fazer alguma coisa diferente com você hoje. - Falo enquanto abro a porta.

Quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora