Capítulo 12

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Maria Eduarda POV

Quando eu entrei naquela sala de aula e vi a Bianca eu senti uma vontade absurda de correr e abraçar ela.

Até que aquela menina que estava sentada em seu colo chama ela de "amor" quando a Bianca quase derruba ela. Não sei porquê eu fiquei tão irritada quando ouvi aquilo.

Me sentei na primeira cadeira que eu vi e não olhei pra trás mais nenhuma vez.

- Oi prazer meu nome é Jordi. - Escuto um menino de cabelo loiro falar do meu lado.

- Maria Eduarda. - Forço meu melhor sorriso, não era justo eu descontar ter ficado meio irritada em alguém que eu nem conhecia.

- Você é nova aqui não é? - Ele pergunta e ok. Sem paciência pra perguntas idiotas hoje.

- Meio óbvio né?! - Exclamo e ele fica sem jeito.

- Estou te incomodando? - Ele fala e apenas nego com a cabeça.

Em seguida o professor entrou na sala. Salva pelo gongo.

Sem falar mais nada me viro pra frente e escuto o professor falar.

- Sentada senhorita Tatto. - Internamente eu ri da chamada de atenção que ela levou.

Em algum certo momento da aula o professor avisou a gente que teria que se ausentar um pouco e uma monitora, muito gata por sinal, entra na sala.

Quando um menino do grupinho de Bianca passa por mim ele deixa um papelzinho na minha mesa.

'' Como assim você se mudou pra SP sem me falar nada, podia ter me chamado, a gente precisa conversar. Eu to surtando, Maria Darda que vontade de te esganar e te esmagar até matar toda essa saudade. ''

Era um bilhete da Bianca. Dou uma risada leve e me viro pra onde ela estava pra mando um beijo em deboche, em seguida chamo ela de dramática sem emitir som.

Sinto um olhar queimar sobre a gente e olho pra mesma direção que a Bianca, a menina sentada na mesa do lado dela nos fuzilava com os olhos.

Me virei pra frente e não olhei pra trás mais nenhuma vez, apesar de estar muito tentada, resisti e não olhei.

Ao fim da aula quis evitar qualquer tipo de problema com a menina que se pudesse tinha me matado só com o olhar e sai da sala quase tão rápida como um foguete.

- Ei espera. - Escuto uma voz masculina atrás de mim. Era o menino da aula, qual era o nome dele mesmo?

- Se quiser conhecer a escola qualquer hora dessas eu posso te apresentar. - Ele diz simpático.

- Obrigada mas o diretor já me apresentou tudo. - Sorrio sem mostrar os dentes, ele não desiste e continua.

- Se precisar de ajuda com alguma matéria só avisar. - Eu iria negar mas em vez disso apenas agradeço pra tirar ele do meu pé de uma vez.

Vou em direção a frente da escola e sento em um banco no pátio de baixo de uma árvore pra esperar meu pai.

Fiquei 10 minutos sentada ali sozinha até sentir alguém sentar do meu lado e falar.

- Finalmente te achei men. - Uma Bianca ofegante pula do meu lado no banco. Me assusto e quase dou de cara no chão.

- QUE SUSTO BIANCA. - Praticamente berro.

Ela me puxa para um abraço cheio de saudade, eu não queria sair dali, a verdade é que por mais que eu tentasse ou negasse pro meu amigo que sempre fazia questão de me perguntar da Bianca, eu não conseguia tirar ela da cabeça.

Quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora