Capítulo 44

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Bianca POV

- Um. - Meu irmão conta assim que joga a bola para cima.

- Dois. - Conto levantando a bola em direção ao meu sogro.

- Três. - Ele fala dando apenas um toque leve na bola que pega na cabeça da minha namorada.

- PAI. - Maria Eduarda fala brava. - Achei que éramos um time! - E minha namorada se afasta bufando.

- Tem fantasminha cu...Duda. - Meu irmão para de falar assim que lembra que minha vó está presente. - Fica ligada. - Meu irmão pisca para minha namorada.

Na primeira oportunidade que o Gabriel teve, a Duda agarrou a bola voltando pro jogo.

- Toma essa. - Ela debochava de seu pai. - Tu tá na minha mira paizinho. - Uma pausa. - Na minha e na da minha Ga... - Arregalo meus olhos e ela logo corrige. - Na minha e na da minha amiguinha, né Bianquinha?! - Meu deus alguma hora vai dar ruim.

- Não tá na minha mira não tio. Não escuta a Duda. Ela é maluca. - Meu sogro espreme seus olhos e logo sorri fazendo um coração pra mim.

- Levanta pra mim. - Escuto Maria Eduarda falar baixinho.

- Um. - Meu irmão joga o mais alto que ele consegue.

- DOIS. - Mais uma vez levanto a bola. Era a melhor estratégia do jogo, levantador não pode ser queimado.

- Três. - Meu sogro e minha namorada pulam quase que juntos em direção a bola.

- CARALHO. - Foi a única coisa que ouvimos após os dois se trombarem no ar.

Duda na hora que caiu no chão pisou em falso e torceu o pé devido ao fato de termos saído da piscina e estarmos jogando na grama.

- Meu Deus filha, me perdoa. - Rogério parecia não saber o que fazer. - Papai vai te levar pro médico, vem. - Ele tenta pegar Maria Eduarda no colo e logo a solta quando escuta mais um grito.

- Ei Duda. - A chamo e vejo uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Seco a mesma e chamo sua atenção de novo. - Amor, olha pra mim, eu sei que ta doendo, mas respira fundo e tenta se acalmar. - Eu falei tão baixo que se ela não estivesse a menos de 10 centímetros de mim, não ouviria.

- Tá doendo demais Bibi. - Ela me abraça tão forte que parecia que iria me esmagar. - Amor, tá doendo muito. - Me partia o coração ver ela assim.

- Calma, vem aqui. - Abraço ela mais forte e a sinto suspirar.

Ela estava fazendo muito esforço para não berrar, e eu sabia disso.

- Pronto filha, o carro já tá na posição, vamos! - Meu sogro pega minha namorada no colo e a leva pro carro.

- Não Bia, fica em casa, não precisa irmos todos. - Meu pai fala entrando no carro.

- Até parece que eu vou ficar em casa com a minha namorada no hospital. - Vou em direção ao carro e abro a porta. - Vou com vocês sim! -

- Bianca, escuta seu pai, eu vou com eles e logo que tivermos o resultado eu mando. - Foi a vez de meus sogro se pronunciar.

Olho para minha namorada que apenas balançava a cabeça em sinal de positivo.

Sussurro um "Eu te amo"  e  assim que fecho a porta vejo o carro sumir na rua.

Eu estava mais em prantos do que a Maria Eduarda, ver ela com dor e não poder estar do lado dela nem que fosse só pra dar a mão pra ela me partia o coração.

Não conseguia parar sentada, eu andava de um lado para o outro dentro de casa.

- Tu pensa que é o flash e que fazendo isso vai abrir uma brecha no espaço tempo? - Meu irmão perguntou rindo.

Quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora