Um; onde está o calor?

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Oi, gente! Estava realmente ansiosa pra vocês lerem, mas queria revisar ele mais uma vez porque sentia que faltava algo, e agora sim ele tá como eu queria. Espero que gostem <3 

Eu nunca (agora raramente HAHAHA) me aventuro com narrativas em terceira pessoa, por hábito e também porque me sinto mais confortável em primeira pessoa, mas RT se mostrou uma história que seria necessária em terceira pessoa, então vamos ver no que vai dar.

Realmente espero que gostem! Boa leitura <3 


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Jung Hoseok estava farto. Farto daquelas pessoas. Daquele ambiente. Do cheiro amadeirado e limpo do local. Dos sorrisos. Dos cabelos bem arrumados e máscaras perfeitamente ajustadas nos rostos. Ele sequer sentia mais o gosto do vinho tinto em seus lábios. Na realidade, ele não sentia mais nada.

Qual será que era a real face daquelas pessoas por trás das máscaras?

Naquele ponto da noite, parado naquela cobertura de um prédio caro em Gangnam, ele se perguntava o que estava fazendo. Ele sabia a resposta, também, mas ainda assim se perguntava.

O mais famoso filho do trio Jung era cortejado por todos que passavam por ele. Desde magnatas à políticos. E, como sempre, seu sorriso era impecável. Sempre brilhando, a máscara perfeita.

Por trás dela é que estava seu problema. Sozinho no escuro de seu quarto, especialmente.

O Secretário de Justiça passou pela mesa da família Jung. Cumprimentou seus pais, ele, sua irmã e o marido dela, assim como seu irmão mais novo e a namorada. Com um tapinha tranquilo em seu ombro, como se fossem grandes amigos, se despediu e seguiu de volta para o canto do salão, onde sua mesa estava.

Hoseok queria soltar uma risada com aquilo, sabendo perfeitamente que o Secretário já havia jogado sujo ao ponto dele ter que entrar no jogo, para evitar problemas maiores. O cara era um tremendo filho da puta. Do tipo que te persegue até você quebrar e ceder às exigências dele.

A mãe de Hoseok, sentada logo ao seu lado, pousou a mão ao lado da taça do filho, voltando os olhos para ele, que fingiu não notar seu olhar.

— Você deveria se levantar e cumprimentar as pessoas, Hoseok — falou, não exatamente ríspida, mas definitivamente rígida. O filho tomou outro gole da bebida, vendo o irmão bebericar de um suco natural.

Haneul era um ótimo garoto. Dos três irmãos talvez o mais tranquilo. Mas aquele suco não enganava ninguém quando toda a sua família sabia que ele sairia dali e seguiria para uma festa com seus amigos, com bebidas muito mais fortes que um vinho importado da Itália, da Masseto. O vinho que Hoseok bebia era da sua marca favorita, por sinal.

— Já cumprimentei todos — respondeu sua mãe, ameno. Era verdade. Ele havia passado de mesa em mesa, cumprimentando todos com acenos, apertos de mão, e até mesmo abraços, para os mais calorosos.

— Você precisa conversar com as garotas, filho — deixou claro onde queria chegar naquele momento. A matriarca sempre fora muito clara sobre suas intenções para com seus filhos, e Hoseok sabia desde o princípio exatamente onde ela queria chegar. — Assim seu irmão vai se casar antes de você.

Haneul, que sentava do outro lado de Hoseok, soltou uma risadinha ao ouvir aquilo, apertando a mão da namorada com vontade, realmente divertindo-se com a ideia.

Não era como se Goe Sooyun, sua mãe, não fosse encontrar a garota perfeita e jogar aquela para o escanteio. Ela sempre fora muito clara em seus objetivos de vida — da vida de seus filhos. E a namorada de Haneul não era nada próxima do que sua mãe imaginava como nora e mãe de seus netos.

Rooftop | vhopekookOnde histórias criam vida. Descubra agora