Cinco; primeiro

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Oi, gente! Tudo bem com vocês? 

Espero que sim!

E espero também que gostem desse capítulo <3 

Tem muita, muuuuita coisa importante nele. A partir desse cap, todo nosso trisal se conhece HAHAHA. Ansiosa pro que vocês vão pensar disso. 

De todas as formas, boa leitura! 

Ah, e não esqueçam de dar estrelinha, por favor >< me motiva demais, assim com os comentários! (Nossa, se vocês soubessem o QUANTO eu rio lendo eles HAHAHA). 

Agora sim: boa leitura! 

~


Jin odiava cada sentimento em sua pele naquele momento. O fato de encarar Nari e não saber o que sentia o incomodava ainda mais. O fato de não ter sentimento ali.

Ele sentia desespero, medo, rancor, preocupação, tudo em volta, mas ao olhar para Nari, era... havia apenas algo entorpecido. E não amor.

As farpas haviam tirado todo o sangue, drenando-o por completo até que não existisse nada em seu coração. A primeira coisa a deixá-lo havia sido o amor.

E era muito difícil admitir aquilo.

— Nari, eu realmente não sei o que te dizer — falou, apoiado na porta fechada do apartamento, de braços cruzados. — É só um bico que chegou. Pode ser que alguns caras importantes me notem e...

A atmosfera antes viva do apartamento repleto de fotos do casal — de um casal sorridente e feliz —, com paredes em laranja claro, quase pastel, janelas amplas e um ambiente bem decorado, havia desaparecido.

Tudo ali parecia sombrio, morto e devastadoramente vazio.

Era quase possível sentir o cheiro de apodrecimento na relação deles.

Pode ser que — reclamou, apontando para o marido. — Seokjin, quantas vezes eu vou ter que te dizer que tudo nisso só mostra que não vai a lugar algum? Você não vai dormir hoje por causa de um bico em um canal de televisão que pode te colocar como personagem na puta que o pariu em alguma novela aleatória de canal fechado.

— Todo mundo começa de algum lugar — mas sua voz vacilou ao dizer aquilo, e ela estava pronta para guerra. Qualquer pisada em falso era um erro com ela.

Todo mundo precisa começar de algum lugar. E ele sabia disso.

— Não do lixo, né? — retrucou, fria. — Faça o que quiser — levantou a mão, terminando a xícara de café e saindo de trás do balcão da cozinha.

— Eu quero que você me apoie — falou baixo, mas firme.

Ele queria apoio, compreensão e cumplicidade. E naquele momento, nenhum dos três estava presente na sala.

Ela parou no corredor que levava ao quarto do casal, sem se mover antes de finalmente virar para encará-lo, fria.

— Agora eu que não te apoio? — apontou. — Eu coloco comida nessa casa, Seokjin, para você poder fazer essas merdas de trabalhinhos.

Seokjin sentiu a primeira fagulha de ódio subir por sua espinha.

Porque ela estava mentindo. E ele sabia disso. Estava invertendo tudo, por sabe-se lá qual motivo.

Porque ela era egoísta e mesquinha, mas ele não conseguia aceitar.

Eles estavam fadados a quebrar. A fracassar na relação que construíram juntos, mas ao chegar próximos ao topo, esqueceram de combinar quais degraus usariam. Seokjin havia construído degraus firmes de concreto, mas sem cor, enquanto Nari pisava em vidro colorido, pintado das mais variadas cores, esquecendo que nunca havia perguntado a Seokjin qual era sua cor.

Rooftop | vhopekookOnde histórias criam vida. Descubra agora