— Bartolomeu Callum, o que o traz aqui? — perguntou o Sr. Leofrick Dashwood.
O Sr. Callum passava perto da residência da família Dashwood conduzido pelo céu que brilhava em rosa, lilás e um tímido laranja indicando o amanhecer (bonito, por sinal, após uma madrugada de chuvas tenebrosas), e coincidentemente, o senhorzinho ficara extremamente grato por ter encontrado o Sr. Dashwood e o jovem Dashwood em mais uma de suas caminhadas matinais, andando pelas pradarias com orvalho na grama. Eles saberiam como ajudá-lo a encontrar um médico.
— Muito bom dia, Sr. Callum — Cameron o saudou, educadamente.
— Estou feliz por ver um velho amigo logo tão cedo — Leofrick Dashwood disse.
— Minhas irmãs ficaram bastante felizes com o pote de geleia de morango, que a vossa filha nos presenteou — Cameron retornou a falar. — Papai tentou contestar, dizendo que a geleia era doce demais, mas em um piscar de olhos, devorou quase todo o pote. Fanny até chateou-se com papai pois queria provar mais da geleia. Diga à Srta. Cecilia que estou muito agradecido. A geleia que ela fez estava divina. Certamente, digo sem medo algum, que ela possui um dom magnânimo.
— Oh, assim eu fico totalmente sem jeito, ouvindo o elogio de um cavalheiro como o senhor para a minha Cecilia — Sr. Callum tirou o chapéu e coçou a cabeça. — Ainda mais para ela, que é tão bobinha e sem inteligência.
— Não fale estas coisas tão duras e que não são verdadeiras a respeito de vossa filha, Sr. Callum. Garanto que a Srta. Cecilia é uma jovem muito encantadora e amável, de habilidades extraordinárias. — Cameron respondeu, mui sisudo.
— Sim, sim. Se o senhor diz, é porque deve ser verdade — estava tão brioso que quase esqueceu-se o que viera fazer naquele lugar. — Sr. Dashwood, se não estiver muito ocupado, poderia dizer-me se conhece algum médico?
— Por que precisas de um médico a esta hora da manhã? — Leofrick ergueu uma sobrancelha, confuso. — A saúde da Srta. Kingstone declinou? Oh, por São Jorge, há muito tempo, lembro-me bem que ela era uma criança que adoecia facilmente.
— Alessia está bem, Sr. Callum? — Cameron perguntou, muito grave.
Cameron ficou pálido, preocupado com a saúde frágil da jovem dama. Ele a conheceu pela primeira vez, quando ela tinha oito anos assim que aconteceu um baile na Colina dos Ventos Verdes, tempos depois da tragédia que assolou a vida de Alessia. Desde aquele dia, Cameron ficou amigo dela e visitava-a ocasionalmente. Ficara muito amigo de Alessia e de Cecilia.
— Não, ela não — Sr. Callum abanou as mãos, acalmando-os. — A Srta. Kingstone passa bem. Acontece que um estranho rapaz apareceu na Colina dos Ventos Verdes, e como a nossa senhorita é muito bondosa, tratou de acomodá-lo no quarto de hóspedes da mansão.
— Uma nobre atitude a dela — Cameron disse.
— Imagino que ela queira saber como estar o estado dele, estou certo?! — Leofrick questionou, não muito convencido se a atitude da moça poderia ser considerada realmente nobre, vide a quantidade de ratoneiros que rondavam aquela região. — Conheço um médico por essas bandas. Espero que ele não esteja ocupado.
— Sim, sim. Exatamente isto. Como esperado de um homem tão culto e inteligente.
Leofrick falou para o Sr. Callum a respeito do médico, e rapidamente tratou de ir atrás dele. Cameron também foi junto, mesmo com ressalvas do pai, mas no fim ele permitiu que o filho fosse visitar Alessia. No mais, Sr. Leofrick Dashwood alimentava não tão secretamente uma tola flama em ver seu filho casado com a herdeira da linhagem Kingstone.
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Colina dos Ventos Verdes
Исторические романы"Ele é o meu noivo!" Foi esta a frase que selou o destino de Alessia. Uma pequena mentira que logo seria uma grande dor de cabeça. Alessia Victoria Kingstone sofre pressões por parte de sua madrinha, uma lady muito rígida, e de suas amigas bajulador...