A Proposta

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Seong Ayla

A maioria das histórias de amor começam com um conflito generalizado (dependendo do tipo de romance que você costuma ler). Mas a minha história de "amor" não tem um começo nem meio muito menos um fim, tudo o que eu posso dizer é que eu gosto muito de alguém, tipo platonicamente e se depender de mim vai continuar assim até eu me formar no ensino médio ou até ele começar a namorar alguém que não seja eu, mas, tomara que seja eu!

Jake Shim é o nome do meu grande amor, o aluno intercambista da Austrália que vem sendo o maioral em tudo que faz desde que chegou aqui nesse fim de mundo de colégio interno. Ele joga futebol, faz parte do clube de teatro, bom aluno, notas altas, educado, charmoso, bonito, popular mas muito, muito reservado. Jake é sempre muito legal com todo mundo, porém muito seletivo em relação a amizades e relacionamentos, o que não faz nenhum sentido já que o seu melhor amigo é Lee Heeseung, o pior tranqueiro que já pisou nesse colégio. Se eu for citar todos os defeitos de Lee, vão ser milhares e milhares de parágrafos, no entanto o mais importante a se dizer sobre ele é: o que ele tem de bonito ele tem de cuzão.

---Ayla? Terra chamando Ayla--- Sunghoon, meu melhor amigo, diz estalando os dedos em minha frente.

---Perdi alguma coisa?--- perguntei, após sair dos meus devaneios.

--Nada demais, só meia hora de almoço que você passou olhando para o teto. No que ou melhor, em quem estava pensando dona Seong? --- Sung-Hoon diz como quem não quer nada erguendo uma das sobrancelhas. Não se esqueçam de que a peça é meu único e melhor amigo, ele sabe exatamente em "quem" eu estava pensando.

---Ele me deixa maluquinha amigo. Até quando Deus?--- Supliquei erguendo as mãos para o céu, Sunghoon dá uma de suas risadas silenciosas - Habilidade que ele desenvolveu por ser tímido demais- enquanto eu choramingava.

---Se o Jake te conhecesse como eu conheço, tenho a certeza de que se apaixonaria--- Hoon sorri acariciando minha mão por cima da mesa do refeitório que estávamos sentados.

---Por que você tem que ser Gay, em?--- resmunguei brincalhona arrancando mais e mais risos adoráveis de Sunghoon.

Costumo dizer para mim mesma que sou apaixonada pelo Hoon mas, não de uma forma romântica, sabe? Não quero ter filhos com ele e nem qualquer outra coisa relacionada a isso, eu quero que ele seja o padrinho dos meus filhos e quero ser madrinha dos filhos dele. Quero ficar ao seu lado e torcer por sua felicidade, Dividir todos os momentos, dizer que vou estar sempre aqui independente de tudo. Na minha opnião isso também significa amar alguém.

---Bem, eu marquei de ajudar Sunoo a organizar o nosso quarto antes da aula começar. Então se não houver problema, eu tenho que ir --- Hoon coçou a nuca se levantando.

---Claro, sem problemas. Te vejo mais tarde?--- sorrio pequeno para meu melhor amigo que apenas sorri e acena com a cabeça indicando um "sim". Acabei ficando sozinha, então aproveitei para pôr o livro de mistério que estou lendo em dia, folheio as páginas bocejando, estava quase pegando no sono quando de repente sinto alguém cutucar meu ombro por trás com um lápis pontudo.

--- Ei, isso machuca! --- exclamei me virando para a pessoa que me cutucava e dando de cara com ninguém menos que o chato do Lee Heeseung, ---Ah é você--- disse tediosa.

Lee estava com um sorriso simpático muito suspeito estampado no rosto. Vindo dele, era bem estranho... digamos que eu não vá muito com a cara dele e ele também não vá muito com a minha.

Uma paixão imprevista (Heeseung) Onde histórias criam vida. Descubra agora