O Pedido De Namoro

1.2K 130 223
                                    

Lee Heeseung 

Sabe quando a sua vida está um caos total e você acha que não pode piorar mas vai lá e piora? Tudo parece doer umas cem vezes mais ou literalmente qualquer coisa te deixa com a pulga atrás da orelha? Pois é exatamente assim que eu me sinto. 

Eu mandei muito mal, em ter ligado para Ayla na noite de sábado passado e parece que depois disso, tudo foi ficando cada vez mais estranho. 

Os garotos começaram a passar mais tempo com ela, tão cheios de segredinhos por ai, agora simplesmente do nada a Juji é expulsa da escola e eu levo diversos socos na cara sem ter feito nada. Isso é deveras duvidoso...

Procuro no porta luvas por qualquer coisa que eu possa enxugar as gotas de sangue que escorrem do meu supercílio e da minha boca, começo a me arrepender de não ter ido até a enfermaria cuidar dos meus machucados e sinceramente esse gosto metálico de sangue na minha boca tá me fazendo perder a paciência. 

— Para de sangra, porra - rosnei colocando a mão no meu supercilio tentando estancar o sangue. 

— Você sabe que não é assim que funciona, né? - escuto uma voz vindo da janela do banco do passageiro. 

Me viro assustado em direção a voz, me dando de cara com a Ayla, encostada na janela do carro. 

— posso entrar? - ela pediu, analisando meu rosto. 

Acho que a essa altura do campeonato, nada mais importa, nem as ameaças malucas de Juji, ou a forma grotesca como Ayla e eu terminamos, ou minha declaração ridícula de amor sábado passado ou talvez o fato de que eu estou jorrando sangue pelo supercílio. 

— a porta tá aberta - digo então ela sorriu sem dentes e adentrou o carro. 

— Lee, que loucura - Ayla diz se sentando no banco do passageiro — roubei isso da enfermaria -  então ela chacoalhou algumas gases e água oxigenada que segurava em suas pequenas mãos. 

— Confesso que tô impressionado que você esteja aqui - acabei pensando em voz alta. 

— deixa eu cuidar de você primeiro e aí eu posso te contar tudo, que tal? 

— Tudo? 

— É, você sabe...Fazemos algumas loucuras por amor - ela diz se puxando a alavanca do meu banco inclinando ele para trás, fazendo com que eu ficasse deitado, logo depois ela se senta no meu colo, mais uma vez sou pego de surpresa. 

O seu corpo, seu corpo sobre o meu, sentia tanta falta disso. 

— Cereja - sussurrei seu apelido ao tocar seu rosto com a ponta dos dedos — não podemos. 

— Lee, por favor, não me diga o que fazer. Eu fiquei tanto tempo longe de você, deixa eu te sentir. O vidro é fume? 

Acabo rindo fraco com sua ousadia e fecho os vidros. 

Ela começa afastando a minha franja para trás e logo depois ela diz:

— Vai arder um pouquinho, se você não aguentar pode apertar aqui, tá legal? - então ela leva as minhas mãos até as suas coxas que literalmente são meu maior ponto fraco desde que eu a conheci. 

— Você que manda - concordo humorado. Nem parece que eu estava colapsando de raiva e dor há cinco minutos atrás. 

Ayla começou a derramar delicadamente um pouco de água oxigenada no algodão logo depois começou a limpar meu rosto. Ardeu e muito, então fiz como ela pediu e não hesitei em apertar a pele exposta do seu corpo. Com os olhos semicerrados conseguia ver seu lábio inferior sendo maltratado por seus dentes à medida com que ela fazia meus curativos, ela era calma e cuidadosa e isso de certa forma também me acalmava. 

Uma paixão imprevista (Heeseung) Onde histórias criam vida. Descubra agora