Eu Te Amo, Idiota

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Seong Ayla

Nervosismo, costumo senti-lo bastante o suficiente para fingir que não existe, que essa mão suando frio e garganta seca são sintomas super normais, para uma pessoa nada nervosa como eu. Só que não. 

Por algum motivo Juji me intimidava, talvez pelo seu cabelo comprido e avermelhado, sorriso completamente alinhado, cintura fina e uma carisma que está muito além da que eu vá ter algum dia. Ela é de longe muito, muito melhor do que eu, o que me faz pensar, Heeseung rejeitou mesmo ela? Por que sinceramente, eu não rejeitaria. 

— Cereja, está tão quieta hoje, você tá bem? Indagou Heeseung comigo deitada em suas pernas. Ele passeava as mãos pelo meu cabelo fazendo carinho enquanto eu lia o roteiro da peça que Jake pediu a minha ajuda.

Era um bom mistério sobre 3 pessoas que foram acusadas de terem matado o CEO de uma empresa super famosa. 

Faltavam poucos minutos para mim finalmente começar os trabalhos no clube de teatro, então resolvi ficar um pouco com Lee no jardim de inverno sentada debaixo de uma árvore antes de ir. 

— Tô bem amor, não precisa se preocupar - minto sem tirar os olhos do roteiro. 

— Não, você não está, com todo respeito - franzi o cenho encarando seu rosto amargurado — Ayla, você literalmente dormiu todas as aulas do dia, eu me preocupo poxa. 

Suspirei desistente fechando o roteiro, ele me conhece tão bem assim? Tentei parecer normal o dia inteiro, mas parece que para ele não funcionou. 

— Tem razão Lee, eu não estou nada bem - me dou por vencida. 

— Quer conversar sobre isso? Sabia que não é bom ficar guardando mágoas, né? 

— Sinceramente esse é um assunto que eu deixo para depois do segundo encontro. 

— Não confia em mim? - retrucou. 

— Não é isso, é que eu gosto muito de você ao ponto de não querer que você saiba do meu desastre de família, ou as minhas inseguranças…

— corta essa, se eu gosto de você e você gosta de mim, não acha que deveríamos falar sobre essas coisas? - então um silêncio constrangedor se instalou sobre nós pela primeira vez durante esses últimos meses.

— Eu consegui uma bolsa de estudos em uma universidade federal aqui da cidade, mas eu não quero deixar o Taki sozinho com o nosso desastre de mãe. Sempre foi eu e ele contra o mundo, não acho justo deixar ele sozinho agora. 

— Mas minha Cereja você não vai abandonar ele, tipo é aqui na cidade vão poder se ver sempre e outra a faculdade sempre esteve nos seus planos, você tem que viver a sua vida para tirar o Taki daquela casa o quanto antes. 

— Tem razão amor, mas agora que eu vou embora ela vai super pegar no pé de Taki. Me preocupo com a saúde mental dele. Amar as pessoas é tão difícil… 

— Concordo com você, mas pensa assim, Taki é um garoto inteligente ele vai conseguir se virar sozinho, ainda mais tendo você como exemplo de irmã mais velha. Não posso dizer que magicamente vai ficar tudo bem mas você pode contar comigo para o que der e vier. 

— posso é? - indaguei e ele apenas balançou a cabeça positivamente — então vem morar comigo, a gente pode fazer faculdade junto.

— Tipo, dividir um apê? Eu topo - ele ri beijando a minha testa. — inclusive cereja, qual faculdade você vai fazer?

— isso não é óbvio? Eu vou ser uma detetive de sucesso. 

— Igual aquelas bem gatas que a gente só vê nas séries de TV? - ele brinca. 

Uma paixão imprevista (Heeseung) Onde histórias criam vida. Descubra agora