Paixão Imprevista

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Ayla Seong

Não entendo, juro que eu não entendo Lee Heeseung. Também não me entendo, não entendo o que somos, o que nos tornamos. Só entendo uma coisa, o que eu sinto, o que eu penso, essas são as únicas coisas que eu simplesmente não consigo forjar, e quer saber o que eu penso, o que sinto? Não é algo tão surpreendente, mas é algo novo, algo que eu nunca senti por alguém, nem pelo Jake ou até mesmo pelo Sunghoon. É algo parecido com amor, não sei dizer o que é ao certo.

É algo bom, mas confuso, eu gosto de sentir isso, o problema aqui é Lee Heeseung, será que ele sente o mesmo? Se sente, ele gosta de sentir? Ah, são tantas perguntas.

– Como estou, uh? - dou uma giradinha para que Sunoo possa me ver de todos os ângulos, ele combinou de me ajudar com a roupa de hoje, do encontro mesmo insistindo em jogar na minha cara que Sunghoon seria a pessoa certa para esse tipo de ajuda já que o seu senso sobre moda é surreal.

Estávamos no meu quarto, Sunoo esparramado na minha cama e eu fazendo mil poses no espelho do guarda-roupa.

— está bonita, estilosa eu diria - o de cabelo loiro diz mas não me pareceu muito confiante.

Usava um cropped preto e uma calça jeans cintura alta com alguns rasgos propositais para que a meia-arrastão ficasse visível, nos pés all star e o cabelo fiz Babyliss, particularmente eu gostava do que estava vendo, gostava da minha roupa, meu cabelo. —Eu me namoraria se fosse possível.

— Estou mesmo? eu acho que pode melhorar. - digo desanimada me sentando na cama.

— Pra que todo esse caô, bestie? Você é linda até com um trapo amarrado na cintura, para de pilhar que o seu gatinho já está quase chegando.

— Meu, meu amigo, meu parça, meu camarada... - digo irônica.

A verdade é que eu queria que Lee fosse mais do que só um amigo, mais que uma companhia constante, queria poder chamá-lo de meu, calar a sua boca com um beijo, andar de mãos dadas e todas essas coisas bregas e românticas.

A Ayla do ensino fundamental que me perdoe, por que ela odeia o Heeseung. Os motivos são válidos mas vamos combinar não conheço uma pessoa que não deitaria para aquele sorriso de canto dele.

Então o silêncio que estava entre Sunoo eu e meus vagos pensamentos foram quebrados pela buzina do Jeep do Heeseung. Fico nervosa, passei as mãos ajeitando meu cabelo, borrifei mais um pouco de perfume em minhas roupas, passei um cadinho de gloss em meus lábios e suspirei tensa.

— Boa sorte, eu vou ficar aqui com o Taki Esperando você voltar - Sunoo diz risonho.

— Certo, fica à vontade. Mi casa su casa - digo com meu espanhol falido abrindo a porta do quarto — tem comida pronta na geladeira, beijos, te adoro Sun - me despeço saindo do quarto.

— vai com calma! E eu também te adoro - respondeu ele quando já estava distante.

Desci as escadas e escutei a campainha tocar, agradeci a Deus que a minha mãe está de Plantão no hospital enquanto abria a porta da frente onde dá direto para a varanda de casa.

Lá estava ele, o cara que roubou meu coração. Mãos no bolso, sorriso de canto, camisa vermelha marcando seu peitoral magro e definido, sua clássica calça-jeans larga e o cabelo no qual sempre vejo despenteado estava dividido e penteado para trás, não posso me esquecer de seu cheiro floral, seu hálito de menta que me deixa louca.

— Você tá um gato - deixei um Suspiro escapar.

— Você é gata - ele retrucou, arrancando risos da minha parte.

— Obrigada - digo meio robótica, fechando a porta de casa — vamos?

— Certo, primeiro você - ele se afasta da minha frente me dando passagem, fico constrangida mas acabei aceitando.

Uma paixão imprevista (Heeseung) Onde histórias criam vida. Descubra agora