Uma paixão imprevista (Heeseung)

Eu Ainda Te Amo

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Duas almas, dois corações, totalmente partidos. lágrimas de frustração deixadas ao vento juntamente com os pedaços, os últimos momentos de uma relação que um dia já foi muito feliz. 

De um lado temos Lee Heeseung, o garoto injustiçado de todas as maneiras possíveis, um fantoche nas mãos sujas de Juji, a garota que não sabe lidar com rejeição de uma maneira saudável. Heeseung não encontrou uma solução apropriada para esconder as tais chantagens, então deixou de conversar com as pessoas, não contou nada a ninguém, nem mesmo ao seu melhor amigo Shim Jaehyun. Virou um garoto frio e monótono, que perambula pelos corredores da escola. 

Do outro lado, temos Ayla, a garota frustrada que quer superar o amor do passado a todo custo, mas não pense que é fácil já que absolutamente tudo lembra Lee Heeseung para ela, desde de um livro de física ao chiclete de menta. O garoto não sai da cabeça dela por absolutamente nada e isso está matando Ayla por dentro. 

— Ok pessoal chega de ensaio por hoje, venham até aqui tenho novidades - Juji anuncia batendo palmas estaladas. Então todos que estavam ali presente se reuniram em volta dela. Entre eles Ayla e Heeseung, que trocaram um breve olhar de frustração por alguns míseros segundos, mesmo depois de quase um mês do término, os dois ainda estavam muito afetados. 

Jay, Sunghoon e Sunoo estavam ao lado de Ayla. Já Niki, jungwon e Jake, permaneciam ao lado de Heeseung, mesmo com ele não dizendo muitas frases diariamente. Poderia ser uma situação completamente normal, se o grupo não estivesse completamente dividido entre: defensores da Ayla X apoiadores do Heeseung. 

— Muito bem, como vocês sabem semana que vem já começa a semana cultural antes da formatura, ou seja nesse final de semana vai rolar uma festa na minha casa como comemoração ao nosso trabalho duro. 

Então aplausos, e uivos de alegria começaram a ecoar nos ouvidos satisfeitos da Ruiva, ela sempre dá essas festas e geralmente são melhores que as do Jake. 

— Você quer esquecer o Hee, né? - Jay pergunta ao pé do ouvido de Ayla. — então essa festa é uma boa oportunidade. 

— Eu tenho trauma de festas JJ, acho que não vou… 

— Relaxa, você só não foi à festa com a pessoa certa - ele sorri de canto, arrancando um riso da menor. 

— Mas você não perde tempo mesmo em Jay - Sunoo balança a cabeça negativamente. 

Enquanto isso… 

— Você vai? - Jake pergunta ao Heeseung. 

— Só pode tá de brincadeira - ironizou Heeseung. 

— Olha só, se você esquecer que a sua ex-namorada provavelmente vai estar lá, que a Juji é obcecada por você e que nenhuma garota daqui te dá moral além da Ayla, até que pode ser uma boa festa, quero dizer vai ter comida de graça - niki diz em um tom acolhedor 

— Obrigada pelo apoio moral Niki, sabe, deu uma super vontade de ir a essa festa agora - Heeseung ironizou mais uma vez. 

— Eita que ele está voltando ao normal, já estava sentindo falta do Ethan Lee. 

— Não enche - Heeseung bufou

— Mas eu só quis dizer que você tem que voltar a ser o Lee que você era antes, sem Ayla, sem a Juji, só você e eu enchendo a cara até altas horas da madrugada - explicou Jake. 

— Você sempre sumiu em meio às festas, hipócrita - retrucou Heeseung. 

— Relaxa, se o problema for um beijo, eu te dou um - Jake abraça o pescoço de Lee, forçando um beijo. 

— É eu também posso te dar um, só diz que vai!!! - niki entra no meio do abraço, Obrigando Heeseung dizer:

— Tá me soltem, eu vou nessa maldita festa. 

[...] 

Sábado finalmente chegou e a festa rolava solta, só que Ayla decidiu por fim não ir a festa, ela até tentou mas não estava no clima. Sunoo, Jay e Sunghoon se ofereceram para fazer companhia a ela durante o sábado a noite, como o esperado ela recusou dizendo que queria ficar sozinha, ou seja assistir séries policiais com o Taki enquanto se empanturram de porcaria durante a noite toda. 

— Que programasso, passar o sábado a noite assistindo filme com o irmão mais novo - Taki diz enfiando um punhado de pipoca na boca. 

Ayla estava deitada na sua perna prestando atenção na série. 

— Para, você é meu melhor amigo. Eu gosto de ficar com você, mais do que ter que ficar no mesmo ambiente do Heeseung - explicou-se sem tirar os olhos da tela. 

— Duvido, você ainda ama ele. 

— Isso não muda nada. Ele não me ama, sabe que não precisamos falar sobre isso… 

— Precisamos sim! Ayla você tá fugindo desses sentimentos a quase um mês, você não procurou nem uma brecha, nem mesmo para serem amigos. Você já viu como o Heeseung está? Ele literalmente parece um zumbi sem emoção alguma pelos corredores da escola. 

— Tá legal, você conseguiu! - Ayla se levanta impaciente se sentando em um sofá. Ela joga os cabelos para trás da orelha e começa a metralhar — não fui eu quem terminou então eu não vou correr atrás de ninguém. Ele me rejeitou! 

— Para de ser orgulhosa Seong, merda, você o ama, vai deixar ele escapar? Você não vai nem tentar entender o lado dele? Juro o garoto tá necrosado por dentro e a culpa é sua - Taki retruca de volta. 

— Isso não está para discussão, quer saber eu vou para o meu quarto já está tarde.

Então sem tempo de Taki falar se quer uma palavra, Ayla sai dramaticamente batendo os pés até o seu quarto. Ela bate a porta com força e se joga na cama bufando de frustração. Ela odiava, odiava ainda amar Heeseung. 

Passou um, dois, três minutos e sem perceber Ayla estava vendo as conversas e fotos antigas que eles tiraram no parque de diversões e na casa dele. Ela cogitou mandar uma mensagem mas a ideia não é tão forte quanto o seu ego, o seu orgulho. Desistente, ela decide dormir ou pelo menos tentar… 

Seu telefone toca embaixo do Travesseiro, ela ergue a cabeça e o pega, era Heeseung, o que ele quer? Pensou se sentando na cama. 

— Lee? - disse atendendo o telefone depois de encarar o celular por dois minutos seguidos se perguntando se realmente era certo atendê-lo, mas foda-se ela queria atender. 

— Lee…Eu só gosto quando você me chama assim - ele diz do outro lado da linha com um sorriso frustrado estampado no rosto. Sua voz estava rouca e arrastada por conta da quantidade imensa de bebida que ele ingeriu na festa da Juji tentando afogar as mágoas, o que não funcionou. 

— Cala a boca, quer saber foi um erro te atender - Ayla diz ríspida.

— Não, não desliga. Por favor, eu sinto a sua falta; falta do seu cheiro, da sua voz, da sua boca, das suas curvas. - ele engole seco segurando o choro. 

— Não fala besteira, você está claramente bêbado - simultaneamente ela revira os olhos. 

— A eu estou - ri fraco mais uma vez — eu ainda te amo Ayla, eu te prometo que quando isso tudo acabar, eu vou voltar pra você. Eu ainda quero dividir um apartamento e ter uma namorada detetive fodona. 

— Isso o que? O que tem que acabar? - a garota pergunta roendo as unhas. 

— Eu não posso te contar agora, mas eu prometo que um dia eu vou te contar tudo, nos vamos rir da situação e depois eu vou te beijar até a minha boca cair. 

— Por que não agora? Por que você não pode me beijar agora e acabar com esse aperto no peito que eu estou sentindo? 

— Eu só…não posso, sinto muito - então ele desliga a ligação.