Ayla Seong
Depois do beijo fomos à roda gigante, lá nos beijamos mais uma vez. Ainda com aquele ar de que tínhamos todo o tempo do mundo para aproveitarmos um a boca do outro. Eu não tenho palavras para descrever o quanto Lee Heeseung me faz bem, eu quero poder beijá-lo mais vezes. Quero mais beijos lentos que parem o meu coração, deixem meus lábios dormentes e façam meus pulmões pedirem por ar.
Assim, sem mais delongas ele me levou para a casa, até cogitei convidá-lo para entrar, mas assim que vi o carro da minha mãe estacionado na frente de casa desconsiderei a ideia, o filme de terror de conhecer a Sr. Seong eu deixei para outro dia.
— Onde estava? São dez horas da noite - ela diz com arrogância. Minha mãe estava sentada de pernas cruzadas no sofá da sala com uma taça de vinho, seus cabelos estavam em um coque desgrenhado e ela ainda usava seu jaleco de médica.
— Eu tenho relógio, sei muito bem que horas são. - retruquei, tentando sair da sala.
— Ayla, você é maior de idade, mas ainda vive no meu teto e às minhas custas, não acha que me deve satisfações?
— Ah, com certeza não, afinal quem quis ter filhos foi você. Não está fazendo mais do que a sua obrigação. Agora se você me der licença eu tenho que ir ver o Taki.
— Igualzinha ao seu pai, incrível. Só tome cuidado para não fracassar na vida igual a ele - já estava na metade da escada que dá para os quartos, porém quando eu ouvi ela falando do meu pai eu desci as escadas de volta.
— Meu pai não era um fracassado. Ele tinha depressão, uma doença séria. O único erro que ele cometeu foi ter escolhido ficar com você em meio às outras milhares de pessoas existentes - digo com a voz embargada, merda ela conseguiu estragar a minha noite não tinha como piorar.
— Sunghoon está no seu quarto, deixei ele entrar, tem problema? - diz a mãe tomando um gole de vinho.
Tem! muito problema inclusive, ela não precisa saber disso então apenas disse:
— Certo já estou indo - saio batendo os pés.
Minha relação com a minha mãe é das piores, ela nunca nunquinha cuidou de mim ou do Taki, a única coisa boa que ela nos fez é pagar nossos estudos e mesmo assim ainda sofremos pressão psicológica para sermos ótimos alunos, nada de notas abaixo de B.
Meu pai se separou da minha mãe antes de se internar em uma clínica psiquiátrica, por consequência minha mãe ficou com a minha guarda e a de Taki, não mantenho mais contato com meu pai, sinto a sua falta todos os dias, ele era depressivo mas nunca deixou de ser um ótimo pai; aos 12 anos ele me ensinou a andar de bicicleta, aos 16 me ensinou a dirigir. Minha última memória dele foi na noite de natal do ano passado quando ele me deu as chaves do seu carro antigo e disse "Ensine o Taki a dirigir por mim"
Parei na frente da porta do quarto do Taki, pensei em abrir mas recuei após ouvir risos provavelmente dele e Sunoo, pareciam estar se divertindo, não queria atrapalhar. Então apenas me afastei gradualmente até o meu quarto que ficava ao lado. A porta estava aberta e Sunghoon estava sentado na minha cama com as mãos cruzadas sobre a cabeça.
— Oi - digo tediosa adentrando o quarto.
Sunghoon ergue os olhos lacrimejando e diz:
— Me desculpa. Por favor, eu não aguento mais ficar sem você...
— Tá tudo bem, eu só não quero lidar com isso agora. - digo sincera, vê-lo chorar me machucava profundamente, mas eu precisava ser justa comigo mesma.
— Eu nunca beijaria o Jake mas é que...
— Não precisa dizer isso em voz alta, eu sei o que aconteceu - me sento ao seu lado segurando a sua mão, merda por que eu sou assim? Por que estou com pena dele? Mesmo depois de tudo. — Você não precisa ficar tão mal assim, eu acabei de voltar de um encontro, spoiler: não foi com o jake - sussurrei a última parte arrancando risos do branquelo.
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Uma paixão imprevista (Heeseung)
FanficAyla Uma garota inteligente sempre foi obcecada por Jake, o melhor aluno da escola. Já Heeseung que por coincidência era melhor amigo do espertalhão, precisava de uma nota a mais em física. Juntando o útil ao agradável esses dois decidem se ajudar...