Não Tão Feliz

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Ayla Seong 

Sete anos depois… 

— e foi assim que eu conheci o papai - digo a Rosie, nossa filha. 

— Caramba, mas essa Juji era mesmo um pé no saco - a menor diz, arrancando risos da minha parte. 

— Ela era, mas depois amadureceu, sabe? Hoje em dia é uma grande diretora de filmes e tem uma ótima família - explico dando os últimos detalhes no vestido da cor lilás que Rosie usava. 

— Que bom que ela não casou com o papai, né mamãe? 

— Ah, eu não iria deixar. Agora vamos, senão chegaremos atrasadas para o aniversário do tio Hoon. 

— Certo - ela diz sorrindo ao se admirar no espelho. Rosie Seong é linda, digo com tranquilidade que puxou a mãe. 

— cadê a minha princesa? - Lee diz entrando no quarto. Ele usava um smoke cor vinho que escolhi para ele, combinando com meu vestido. Mesmo depois dos vinte e cinco anos, ele ainda tinha aquele ar juvenil de quando nos conhecemos. 

Depois que terminamos a faculdade, começamos a trabalhar, resolvemos nos casar e viajar para Paris em uma lua de mel, onde sem querer fizemos a Rosie. 

— Papai, como estou? - ela diz dando uma voltinha. 

Rosie tem por volta dos três anos de idade  mas faz e fala coisas que até Cristo dúvida, meu pai chama a de prodígio da família, o que deixa Taki frustrado já que ele era o caçula e o orgulho da família. Apesar de não confessar em voz alta, sei que tanto ele como Niki e Sunoo amam ser titios. 

— Está tão linda quanto a mamãe, princesa - ele curva os lábios em um daqueles sorrisos galantes que só ele tem pegando ela no colo e me dando um selinho. — sou um cara de sorte. 

— E eu a mulher mais feliz do mundo - sorrio de volta apertando a bochecha dos dois. 

Então saímos do apartamento que morávamos e fomos para o carro em direção ao local onde iria rolar o aniversário do Hoon, em uma pizzaria. Acreditem se quiser, mas Heeseung ainda tinha aquele Jeep, mesmo ele caindo aos pedaços hoje em dia. Tenho até medo de perguntar quem ele escolheria e acabar com um casamento de três anos. 

— Mamãe, nós vamos ver todos os titios hoje? - ela pergunta me causando uma dor no meu peito insaciável. 

Jay entrou na federal junto comigo, nós nos formamos e trabalhamos juntos durante dois anos. Até que em uma das nossas missões como detetives ele foi assassinado, desta forma Rosie não chegou a conhecer ele e eu ainda não tive coragem de contar pra ela sobre esse "titio" 

Eu ando procurando a pessoa que fez isso com ele, mas é segredo, Heeseung provavelmente me odiaria. 

— Sim, querida - digo com a voz afoita. 

Sinto a mão de Lee apertar a minha, enquanto seus olhos diziam a mesma coisa que sempre disseram desde quando Jay partiu "Vai ficar tudo bem, eu sempre vou estar aqui". O que me faz pensar o quão perigoso meu trabalho é e o quanto Heeseung deve ter medo de perder mais alguém importante para ele como perdeu o Jay.

Não demorou muito para que chegássemos à pizzaria, sempre nos encontramos aqui em datas especiais, fico feliz que não tenhamos perdido o contato mesmo depois de sete anos. 

— Sejam bem-vindos, família Lee - diz Niki, o recém-debutado de um grupo musical sul coreano. 

—TIO NICK!!! - Rosie berrou pulando no colo do maior. 

— Por Deus Nicolas para de crescer, cada vez que eu te vejo você parece estar maior, daqui uns dias eu vou precisar de escadinha pra beijar seu rosto - digo arrancando risos dos demais. 

Uma paixão imprevista (Heeseung) Onde histórias criam vida. Descubra agora