Capítulo 15

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H I N A T A • S H O Y O

Como ultimamente as raposas estão comportadas, eu achei que poderia aproveitar as manhãs de forma tranquila. Errei feio.

No momento em que entrei na cozinha, quase tive um ataque cardíaco em razão ao susto que Kageyama me deu. Eu estava com sono e quase sonâmbulo. E esse desgraçado simplesmente gritou como se tivesse visto uma barata.

Gente, eu sou cardíaco. Não pode fazer uma coisa dessas comigo não. E acredita que ele fez todo escândalo só por causa da faixa no meu ferimento? Tipo, e daí que tava vermelho? O médico avisou que poderia sangrar em alguns momentos. Ainda mais que ontem eu não parei quieto.

Enfim, nunca achei que ia ouvir bronca depois de adulto, ainda mais dele. E agora estou aqui em frente ao espelho, tentando decidir qual camisa vestir.

— O que acham? — pergunto as raposas e a Akage, erguendo uma vermelha e uma preta. Quando os três apontam para a vermelha eu jogo ela longe e visto a preta. Tive a imps e que eles reviraram os olhos.

Termino de me vestir e saio em busca do café da manhã. Kenma e Kageyama devem ter pensado a mesma coisa, pois encontro eles na sala de jantar.

— O que você vai prep.... Você está.... Arrumado? — diz Kags.

— Ofendeu viu? Isso não vai ficar barato. — Sigo para a cozinha, indo direto ao armário. Encaro as mais de vinte caixas de cereal compradas ontem. — Arroz, qual você quer?

Eu sempre deixo ele escolher primeiro. Ele opita por um de caramelo, enquanto Spike pega um colorido, eu pego um de chocolate. Sirvo nós três em um tigela, acrescento leite na de Spike, e levo para a mesa. Faço uma volta pra pegar leite para a Akage, não o comum, mas o recomendado para filhotes.

— Você está gostoso, Shoyo — diz Kenma. Ele também se levanta pra pegar um dos cereais.

— Viu Tobias? É assim que se faz. — Ele me olha com ódio. Sorrio. — Você não vai comer?

Agarro a gatinha ruiva e começo a alimentar ela com uma seringa. Ainda é muito pequena pra tomar sozinha, e também não tenho potes pequenos. Ela poderia derrubar em cima dela mesma. Meu coração vai derreter de amores com ela tentando segurar meus dedos.

— Comer? — repete Kags.

— Isso, comer.

— Desista Kageyama — diz Kenma, se sentando a mesa. — O Shoyo sempre come cereal de café da manhã no dia seguinte as compras.

— Mas isso não é saudável — diz o moreno.

— Kags, apenas come o cereal como se fosse um ocidental okay? Você pode comer ele seco ou com leite, os dois são bons.

Termino de alimentar Akage e a deixo deitada na minha perna não ferida, enquanto isso Tobio foi a cozinha e se serviu. Ele arregalou os olhos na primeira colherada e depois quase devorou o resto. A culpa não vai ser minha se ele viciar.

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M I Y A • O S A M U

Juro que vou colocar fogo em alguém se eu não ver Shoyo hoje.

Meus pesadelos parecem ter triplicado de ontem para hoje. Pensamentos como "será que ele está comendo direito?", estão cruzando minha mente a todo momento. Cozinhar requer ficar de pé e andar de um lado para o outro na cozinha. Me preocupa que ele esteja sentindo dor demais para cozinhar.

Kitsunes (MiyaHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora