Sentimento contraditório

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*Não esqueça a estrela e o comentário.*

Quando chego em casa percebo que estava começando a chover, olho pela janela e recordo do garoto de sardas que ultimamente tem morado nos meus pensamentos, será que Félix era gay ou bissexual? Será que eu poderia tê-lo? Ele iria se deixar ser seduzir por mim? Coloco as mãos na cabeça e me deito em minha cama apenas ouvindo o  som das gotas baterem na janela, fecho meus olhos por um instante e me sinto mais próximo a Félix, é assim que ele “enxerga” o mundo, ele reconhece tudo pelo olfato, tato, paladar e audição, apenas quatro dos cinco sentidos. Fico imaginando o quão deve ter sido difícil para ele essa condição, como deve ser difícil o dia a dia, ainda perdido nos meus devaneios escuto alguém bater na porta, caminho com calma e digo que estou indo, quando abro a porta vejo a imagem de Minho e antes que eu pudesse fazer qualquer gesto para ele entrar ou até mesmo o preguntar o porque estava ali sou surpreendido.

-Não vou permitir que faça algo assim Chang! Não com alguém especial como ele! – Minho fala ao entrar na minha casa após me empurrar com força...

- Enlouqueceu Minho? Que porra é essa?

- Você esta proibido de tentar magoar Felix. – ele fala alto

- Dá para você parar de falar alto e me explicar de que merda está falando!

- Eu acabei de acompanhar o Félix até em casa. – aquilo me causa uma sensação estranha.

- Como é que é?

- Isso que ouviu, eu acabei de levar ele até em casa e não vou permitir que faça algo tão sujo e imundo quanto o que você e Han estão tramando. – consigo decifrar que sensação era aquela e tenho certeza absoluta de que é ciúmes.

- Como assim levou ele em casa? – agora sou eu quem agarro Minho pela gola da sua camisa.

- Ele estava indo embora na chuva e eu cedi a ele meu guarda chuva.

- Sendo gentil? Você?

- Me conhece e sabe da minha índole. – ele se solta das minhas mãos.

- Conheço, conheço sim o cara que traiu o namorado com o melhor amigo.

- Eu estava bêbado, não foi de propósito.

- Me responde que merda foi essa de levar o Félix embora, sobre o que falaram para de repente você se achar no direito de vir aqui fazer esse show.

- Eu conversei com ele Chang, ele é um garoto puro e muito legal, não o machuque vai se arrepender se fizer isso, e não estou dizendo isso como uma ameaça mas som como um alerta.

- Eu não estou afim de topar o desafio do Han.

- Você tem juízo enfim...

- Eu quero conquistar o Félix porque realmente estou interessado.

- Como é que é? – ele pergunta surpreso.

- É exatamente o que ouviu, eu estou interessado nele de verdade, alguma coisa naquele garoto me deixou completamente fixado e focado nele.

- Chang você não é do tipo que se apaixona, no mínimo as coisas que o Han te disse despertaram algo dentro de você, como se fosse aquela chama repentina na qual você  se sente desafiado a tentar o impossível.

- Sei que parece isso, e sei do meu histórico, não sou o cara mais legal e compromissado do mundo, eu literalmente não iria querer que um filho ou filha minha se relacionasse com alguém como eu, mas é a primeira vez na vida que sinto algo assim por alguém.

- Não é possível. – ele ri e me observa. – Changbin está apaixonado por alguém?

- E claro que não! Estou interessado. – falo e a imagem do garoto vem em minha lente. – Muito interessado.

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