A Máquina

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2005

Quatorze anos... Já se passaram quatorze anos com eles, falo por eles serem muito importantes para mim e agradeço por ficarem comigo todos esses anos, me formei em Análise de Dados. Sim, não sou físico ou cientista. Comecei a gostar de programação assim quando Tails chegou na Terra, ele nem sabia o que era isso, mas suas criações e ideias me motivaram a programar. Deu certo, pois criamos a maioria de suas máquinas por grandes linhas de códigos e claro, usamos também a modelagem tridimensional, que naquela época estava apenas começando. No entanto, não tenho um trabalho físico, mas já fiz grandes projetos para as gigantes empresas de São Francisco, meu nome já apareceu no desenvolvimento de vários projetos, meu avô se aposentou, ele criou um laboratório no porão da nossa casa, onde ele guarda aquelas esmeraldas e alguns de seus projetos. Mas, lá havia um onde eu e Tails ficávamos mais intrigados, uma máquina onde movia partículas para um lugar vazio, meu avô não sabia para onde elas iriam, criamos várias hipóteses e diferentes teorias, mas nenhuma conseguiu explicar direito o que acontecia com todas elas...

E nós—

Sonic estava deitado no sofá, enquanto eu simulava a máquina com o poder das esmeraldas em uma mesa no fundo, usei a matemática e a física possível para fazer com que a máquina pudesse usar as esmeraldas como energia sem que acabasse com a energia de todo o bairro.

— Sonic, sabe onde Tails se meteu? — Perguntei, programando.

— Eu vi ele com o Chuck, no laboratório. Isso faz uns dez minutos. — Respondeu, deitado com os olhos fechados.

Por um momento, deixei processando mais uma vez aquela simulação... Com a guia do programa minimizada. Era a trigésima vez que tento fazer isso funcionar, pela quinta semana consecutiva... Escondido de todos, pois ninguém queria fazer aquilo, somente eu. Sim, ninguém. Meu avô fala que não podemos usar as esmeraldas para depender de energia, eu concordo, mas estamos presos em um mesmo problema há anos, não usamos elas para nada, então por isso queria fazer aquilo. Ela iria trazer uma energia individual para a máquina, sem precisar da tomada e da nossa energia... A conta de luz daqui é um absurdo com a máquina ligada. Faço isso pois é por um bom motivo.

E—

Nessas últimas semanas, o resultado não foi nada. Todas as simulações davam incompatibilidade com a máquina, isso que eu coloquei vários dados e equações matemáticas da física que permitiam isso, mas nada apareceu desde agora. Absolutamente nada. E não criei mais expectativas, deixei ali mesmo, fui para o laboratório e lá estavam eles...

E nós—

— Sam, venha ver... — Respondeu meu avô.

Me perguntei o que de fato aconteceu, olhei para Tails e ele apenas me forçou a ir ver, parecia algo sério. A máquina não era algo grande, era um pouco maior que o Sonic, e era desmontável. Quando ligada, ela emitia um alta quantidade de elétrons que possibilitava uma parede "invisível" meio rosada entre sua parte interna, parecia um portal.

— Tails enviou um objeto para a máquina, e por incrível que pareça a máquina fez ele desaparecer — Afirmou meu avô, sentado na cadeira ao lado da máquina.

Óbvio que não acreditei... E olhei para a cara do Tails com o maior ressentimento, esperando uma informação a mais.

E—

— Duvido. É impossível, isso era para a gente saber há um bom tempo atrás. — Disse eu, duvidando do caso.

— Então veja. — Respondeu Tails, pegando uma chave da caixa de ferramentas.

Tails pegou aquela chave e ligou a máquina, se aproximou e simplesmente jogou a chave na parede "invisível", a chave sumiu, não estava mais lá. As partículas detectaram absolutamente nada após isso. Eu fiquei surpreso com aquilo.

Sonic vs ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora