Vitória Vazia

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QUANDO CHEGOU O SEU MOMENTO, GUIAVA-ME ATÉ AS OBSCURAS PAISAGENS QUE PUDERAM MEXER COM TODO O HORIZONTE, QUANDO O VI PELA ÚLTIMA VEZ, NÃO TIVE A CHANCE DE ME DESPEDIR.

ASSIM COMO TODA A DESGRAÇA, fiquei abaixado, esperando o pôr do sol, que descia a cada minuto, continuando, ouço apenas uma voz de preocupação ao fundo, ao que me diz, parecia alguém que conhecia. Todo o cômodo está em tons alaranjados, cobrem e refletem a luz por todos os lados, quando mesmo me parecia algo assustador, levanto a minha cabeça e sigo firme em direção aquela porta. Quando eu abro-

— Por que se trancou? - Perguntou meu avô.

— Nada. - Disse o garoto.

— Não há motivo para isso.

— Quero sair da escola.

— Ahm? - Queixou-se seu avô. - O que fizeram com você?

O garoto, pensou por alguns segundos, e entretanto mostrou sua mão.

— Me tiraram socos ao peito, e machucaram a minha mão.

— Ah, filho...

— Eles não gostam de mim.

— Claro... Ah! Acho que não.

— Tenha certeza disso.

Quando ambos estão se abraçando, o ouriço aparece em sua frente para ter a nítida face de seu amigo vista perfeitamente. Quando ele se curva para o outro lado-

— S-Sonic? - Perguntou Sam, tirando o abraço de seu avô.

— Diga, Sam! - Falou o ouriço.

— Não vai me abandonar? Não é?

Sonic assentou, e mesmo assim, o seu amigo se aproximou ainda mais.

— Claro que não.

Alguns segundos se passam após a fala, e ambos se abraçam.

— Tem certeza? - Perguntou.

— Tenho. - Afirmou o ouriço.

E nós-

2016

Quando ouvi dizer que mataram o meu pai, apenas deixo aderir a extensa ferida que aquela coisa me deixa, quando ainda penso em que aquela história poderia ser melhor, não passa mais nada acima de minha mente.

Tenho apenas oito anos.

Oito.

Nada possa definir o meu status atual. Inclusive, minha reputação está água abaixo. Ele está a minha frente. Na minha frente ele está. Estou de cabeça baixa, a frente de um caixão preto, com apenas minha mãe ao lado. Ele está descendo, e quanto mais fundo, mais a minha vontade de gritar internamente.

Ele me falou de nossa viagem. Eu nunca tive uma viagem de verdade com meu pai, afinal, ele trabalhava muito... eu era esquecido.

Quando via a oportunidade, dizia que estava cansado ou que não podia ser agora. Mesmo assim, entendia o como seria a tua vida se aquele ser não estivesse em nossas responsabilidades. Eu estou abismado, não sei se ele gostava de mim.

Me vem a mente: sou um péssimo filho?

Aquele ouriço me odeia.

Eu não sei o que posso fazer mais.

E nós-

A CHUVA COMEÇA A CAIR, e quando aqueles que saem em sua despedida, me sinto um inútil. Minha mãe pega meu ombro como se fosse a última vez: parece que agora entendo isso.

Sonic vs ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora