A Desculpa

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A Desculpa

Estou puto com ele.

Logo aqui, no meu aniversário, ele me pede desculpas? Isso não existe, ele me culpou a quase matar o meu pai, afinal ele quase matou o meu pai! Não há como confiar mais nesse ouriço, ele sempre me odiou.

Isso é mentira.

Não! Nada foi por acaso!

Cuidado. As palavras matam.

Foda-se. Estou farto da situação.

Para!

Eu não quero mais!

Christopher!

E nós—

Me deito de bruços, estou chorando, no meu quarto, passei a frente da minha mãe com a cara fechada, ela não percebeu que eu não estava bem, logo por aqui, eu estou bem, acredito. Fico pensando sob esses acontecimentos, nada advém de minha mente, tudo é passado como uma informação, como alguém querendo dizer isso para mim. Ouço sempre uma voz ao fundo.

Preciso de oxigênio.

Me apoio com as quatro pernas ao chão e me rastejo até a ponta do quarto, de onde está meu nebulizador, eu o pego e firmo ele no meu rosto, estou ofegante, cansado, deprimido... um ótimo presente de aniversário.

— Onde está o Chris? — Ouço perguntando no corredor.

Por favor, não abra essa porta.

Escuto passos se aproximando, ainda paralisado, escuto eles ainda mais fortes.

— Chris? — Perguntou, pela voz, tinha certeza que é a Frances.

Fico calado, pasmo.

— Chris? — Novamente, só que abrindo a porta. — Chris... o que aconteceu com você?

Eu começo a chorar.

— Nada... eu...

— Maria! Ele está aqui no quarto! — Gritou ela.

Minha mãe e Tails chegam correndo, logo olham para minha cara. A raposa já tinha certeza do que se tratava.

— Filho... o que aconteceu?

— Nada. — Retruquei.

— Onde está o Sonic?

— Eu não sei. — Diz eu, ao me acalmar.

— Filho... hoje é seu dia...

— Eu sei, mãe! Acredito que ele foi muito movimentado para a minha pessoa, não acha?! — Eu juro, que não quis aumentar o tom de voz desse jeito.

— Acho que você precisa de um abraço.

Ela se aproxima e me abraça, me sinto um alívio muito grande ao saber dela, me abraça muito forte, parecia-me que meu coração iria sair pela boca. A confiança que esbanjarra em minha pessoa atrás, logo chegou a iniciar. Estou com medo.

E nós-

Na sala de casa, estou sentado no sofá, tenho uma nítida vista do oceano por aqui, a piscina é refletida pela luz do Sol no teto da casa, observava aquilo com felicidade.

Estou doente.

Olho para o relógio, é apenas meio dia.

Tails surge andando da cozinha para a sala, logo ele para ao meu lado, e apenas olha para mim, continuo a olhar ao teto.

— Vai precisar de alguma coisa?

— Acho que não.

— Está melhor?

Sonic vs ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora