Esperança, em Mil Tragédias

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Capítulo recheado de tristezas.

Então aconselho uns lenços... MAS

Há esperança no fim.

PARA ALÉM DISSO, ATENÇÃO:
!!! As cenas depois do * vão corresponder às cenas que eu sempre pus a negrito e itálico!!!

E a cena depois [-] ocorre ao mesmo tempo da cena do Jimin... Vocês já vão entender.

Boa leitura!

*

Park Jimin tinha acabado de terminar mais uma aula de dança. Os seus alunos estavam a recuperar o fôlego enquanto se preparavam para sair da sala. Nos últimos dois anos, Jimin acabou por fazer um curso de ano e meio de dança, enquanto trabalhava a meio horário na empresa dos Kim. Mal acabou o curso, conseguiu ficar colocado imediatamente numa academia de Busan. 

Jimin especificou-se em dança contemporânea, mas tinha formação também de clássica, dado aos anos todos que praticou ballet e que foi solista no seu grupo. Dado a este facto — de ser solista — tinha uma boa reputação e por isso arranjou emprego numa academia prestigiada de Busan, logo depois de terminar o curso.

Com a sala e tarde livre, Park poderia voltar em paz para casa para poder organizar os planos para o seu casamento. Jungkook estaria ocupado no trabalho — ficara colocado como recepcionista num Hotel Quatro Estrelas — e por isso, quando disponível, Jimin tomava a iniciativa para controlar e organizar tudo. Claro que, as decisões mais importantes, eram decididas pelos dois.

Jimin conduziu tranquilamente até casa, enquanto cantarolava alguma parte da peça do "Quebra-Nozes" de Tchaikovsky. Lembrou-se da vez que dançou a mesma obra, há anos atrás. Sentiu-se jovem, um universitário, novamente. Inconscientemente, lembrou-se do dia em que Jungkook entrou atrapalhado no camarim junto de Taehyung. Lembrou-se do nervosismo do mais novo e do vermelho nas suas bochechas… Tudo à três anos atrás. Jimin sorriu nostálgico, deixando as memórias dançarem ao som de Tchaikovsky na sua própria mente. 

Quinze minutos depois chegou a casa e notou um carro "estranho" à porta de casa. 

— Oh merda! — o loiro saiu às pressas do seu carro, logo depois de o desligar, e apressou-se a chegar à entrada, ouvindo do outro lado da porta:

— A culpa é tua! — ouviu a voz do seu progenitor e sentiu o desespero lhe percorrer o corpo — Tu sempre puseste a capa* por cima dele, tu é que desgraçaste o teu próprio filho! 

[*Aqui não é nada relacionado a vocabulário mas queria explicar o sentido da expressão. “Por a capa (por cima...)” é no sentido de defender sempre e/ou proteger sempre elu.]

Jimin abriu a porta e viu uma cena que o horrorizou por completo. Viu a sua mãe ajoelhada no chão, enquanto o seu pai mantinha a sua mão nos cabelos compridos e loiros da mulher, como se os puxa-se — o que realmente fazia. 

Todo o desespero que Jimin antes tinha no seu corpo tornou-se em puro ódio. 

— Eu sou assim porque eu nasci assim — proferiu Jimin, chamando a atenção do ex-casal —, o problema não está na mãe, está em ti que não aceitas o filho que tens. 

— Tu não és meu filho! — o seu pai cambaleou até Jimin, mas acabou caindo. Foi então que Jimin percebeu que o seu pai estava alcoolizado — Seu desgraçado… Tu não prestas! 

*

— Ele é que m-me tratava daquela forma… E-e eu é que… N-não prestava.

Amor Vital ;; jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora