Me perdi na sua voz.

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Chegamos na casa dele, depois de muitas conversas e piadas ruins.
Quando cheguei me deparo com a sua mãe falando ao telefone, olho para Max em busca de orientação, ele fez sinal para que eu subisse as escadas.
Atravesso o corredor e o espero olhando ao meu redor, vejo uma janela cobrindo a parte mais externa da parede do chão até o teto, é possível ver o céu, a vizinhança, me perdi nas árvores atrás da afiação, e mais uma vez me sinto nervosa. Ouço ele se aproximando e me recomponho.
- Minha mãe vai ter que sair um pouco, venha. - Ele entra em um dos quartos botando a cabeça pra fora da porta.
- Pode entrar, não está tão desorganizado. - Ele fala mostrando as covinhas de suas bochechas.
Caminhei até ele, entrando em seu quarto, era simples, com um computador, uma grande janela, uma cama de casal.

- Então. - Digo
- O que você quer fazer?. - Ele pergunta.
Me aproximando dele, levando minha mão até seu cabelo.
- Eu quero te beijar. - Digo
Me aproximo mais, levando minha boca a sua, ele invade minha boca, dominando os meus pensamentos, ele põe suas mãos na minha cintura as apertando de leve, o que me causa muitas sensações. Eu deixo sua boca e começo a beijar seu pescoço, dando chupões leves, ele da um pequeno gemido e pega minha mão, me levando até a cama, eu tiro meus tênis e meias, eu o observo fazendo o mesmo, me sento em sua cama e ele se porta entre minhas pernas, eu recomeço de onde parei, ele segura meus cabelos dando leves puxões cada vez que eu estralava meus lábios deixando mais uma marca, beijo seu pescoço até que ele ataca meus lábios, me fazendo deitar na cama, ele me beija com fervor e eu o retribuo. Começo a ficar com muito calor, então eu tiro meu moleton, por baixo dele estou usando uma regata preta, Max se afasta um pouco e me observa, eu nunca uso isso em público. Ele se aproxima de mim, começando a chupar meu pescoço, ao mesmo tempo em que explora meu corpo, isso me leva a loucura. Eu o afasto de leve, e ele me olha.
- Eu não posso continuar, se não, não vou poder parar depois. - Digo
Ele se deita ao meu lado, e ficamos calados por um momento.
- Eu posso te mostrar minha música nova. - Digo, me virando para ele.
- Tá bem, vou pegar minha guitarra. - Ele saí.
- Ela está em qual tonalidade?
- Sol maior.
- Mais simples só de dó maior, você sempre pensa em mim.
- É claro. - Digo me levantando e pegando o microfone.
Começo a cantar enquanto ele improvisa um acompanhamento.

...

- Você canta muito bem. - Ele diz ao terminarmos.
- Não canto não, eu desafinei em várias partes. - Digo rindo.
- Canta sim, você escreve muito bem também, se eu pudesse te patrocinar eu o faria. - Sinto meu rosto esquentar ao ouvir aquele incentivo. O vejo sorrindo e esquento ainda mais.
- Agora me mostre uma música que você saiba cantar, me surpreenda. -
- Ok.
Ele começou a cantar Queen, reconheci a música e comecei a cantar com ele, nos levantamos e começamos a cantar juntos.

- Mamaaaaaaa uhhhhhhhhh, i don't wanna die. - Cantamos em uníssono.

Para de cantar e só o observo, me aproximo e dou um beijo em sua boca, atrapalhando a música.

- Vic. -Ele diz interrompendo o beijo.
- O que. - Sussurro ainda em seus braços.
- Eu não quero te machucar.
- Como assim?
- Eu não quero que você goste de mim, por que você sabe, eu quero ir embora daqui. - Sinto meu peito apertar ao lembrar desse fato.
- Eu sei. - Digo, me afastando.
Olho o horário no meu celular. E me assusto, pois estou em cima do horário combinado com a minha mãe.
- Eu tenho que ir, tô atrasada, minha mãe está me esperando em casa. - Digo pegando meu moleton.
- Tá bom. Eu te levo. -
- Não precisa. - Digo dando o um beijo rápido. Saio aos tropeços de sua casa. Pego meus fones e coloco minhas músicas tristes, penso que eu já deveria saber que isso aconteceria. Ele não me ama, e sempre deixou isso claro, por que me sinto tão afetada, isso é claramente uma pergunta idiota, eu estou  apaixonada por ele, mas ele não sente o mesmo por mim. Tenho que me conformar com isso. Tenho que seguir minha vida.

Teu olhar nubladoOnde histórias criam vida. Descubra agora