Boss (JUKE)

11.

Julie Molina

- Julie? O que está acontecendo? - Carrie pergunta se aproximando com Flynn e Carlos.

- É exatamente o que parece... Meu pai quer que eu case com Rafe para ele se apossar da empresa do pai dele. - digo bebendo um gole de champanhe.

- Nunca pensei que papai iria tão longe pelo poder. - Carlos diz balançando a cabeça.

- O que você vai fazer? - Flynn pergunta preocupada.

- Tenho duas opções: ou eu caso com Rafe e continuo na linha de sucessão da empresa, ou, não caso e sou deserdada. - digo bebendo um gole da bebida.

- Vou tentar falar com o papai, ele tem que mudar de ideia. - Carlos diz saindo, mas o seguro.

- Não perca seu tempo, ele está decidido e sabe que ele não muda sua opinião por nada. - digo olhando para Carlos.

- Apenas uma pessoa poderia fazer isso... A mamãe. - Carlos diz como uma criança órfã, que nós somos.

- Esqueça isso, Carlos! A mamãe morreu para a gente, ela nos abandonou e você sabe muito bem disso... - digo em tom firme. - Eu vou lá fora tomar um ar.

Saio da parte interne e sigo para o jardim da propriedade. Logo perto de um arbusto mais alto, vejo Luke e uma garota praticamente se engolindo.

- Que tal procurarem uma cama? - digo e a garota se assusta.

Luke olha para mim e sorri de uma jeito malicioso, reviro os olhos.

- Boa ideia! O que você acha? - a garota de cabelos loiros tingidos diz.

- Ahmm... - Luke pensa. - Não posso deixar meu pai aí. Sabe como é, ele não pode se empolgar muito no uísque e jogar pôquer, se não acabaremos em baixo da ponte. - Luke arranja qualquer desculpa esfarrapada.

A garota revira os olhos e se vira para mim.

- Obrigada por estragar o beijo, garota! - a loira artificial diz.

- Apenas dei uma ótima sugestão para que vocês procurassem uma cama. - digo sorrindo cínica.

Ela sai batendo os pés contra a grama. Luke olha para mim com uma cara de tédio.

- Não pense que eu pedirei desculpas por isso... - digo e ele solta uma risada nasal.

- Está com ciúmes, Molina? - ele pergunta cruzando os braços.

- Com ciúmes? De você? - sorrio debochado. - Ah, Patterson, dá uma segurada. Não acha que eu já ouvi merda demais para um dia só?

- A propósito, parabéns pelo noivado. - Luke me provoca.

- Não me testa, Luke. - semicerro os olhos.

- É que você fica mais linda ainda quando está irritada. - Luke diz com as mãos para trás e um sorriso de lado.

- Poupe-me das suas cantadas baratas. - digo cruzando os braços e ele coloca a mão no peito.

- Magoou. - ele diz fazendo beicinho. - Foi uma cantada original, aproveite.

- Que honra! - debocho um pouco.

Patterson revira os olhos.

- Decidi aceitar a sua proposta, Patterson. - digo cruzando os braços.

Luke abre um sorriso.

- Foi mesmo? O que te fez mudar de ideia? - ele pergunta se aproximando.

- O fato de que provavelmente eu seria deserdada se aceitasse trabalhar com vocês e se não aceitasse esse casamento, então é melhor que eu seja deserdada por tudo logo. - dou de ombros.