Boss (JUKE)

18.

Luke Patterson

Você vê esse sorriso de Julie? Consegue ver que ela está se fazendo de difícil? Não? Lhe darei outra chance então. Conseguiu ver agora? Pois é! Ela está mais que tentada a aceitar a minha proposta irresistível. Afinal, quem recusaria uma proposta dessa feita por mim? Ninguém em sã consciência.

A festa de casamento ficava na minha boate preferida, aquela que fica na esquina da rua do meu apartamento.

Julie já havia trocado o seu vestido, agora ela usava um vestido vermelho feito de um tecido brilhante, que estava me deixando hipnotizado. Eu não entendo muito de tecidos, entendo quando tenho que tirá-los do corpo de alguma mulher.

Julie dividia a sua presença entre o bar e a pista de dança. Eu preferia muito mais a sua estada na pista de dança. Não era culpa minha eu estar o tempo todo olhando para ela, a culpa é toda daquele vestido brilhante.

Trocamos olhares algumas vezes e acabamos nos encarando uma ou duas vezes. Seus olhos me diziam: "sim, eu vou dormir com você hoje", pelo menos eu acho.

Observo milimetricamente cada movimento que Julie fazia naquela pista de dança. Era algo genuíno, encantador. Logo, ela sai da pista de dança e segue a passos solitários até o bar. Eu faço o mesmo.

Chego ao bar no momento em que Julie ia abrir a boca para pedir a sua bebida.

- A moça quer... - olho bem no fundo dos olhos dela. Eu já disse que tenho um talento de adivinhar o que as mulheres gostam de beber? Pois é, eu tenho. Eu já sabia que Julie gosta de whisky, mas ela não é o tipo de mulher que aprecia apenas um tipo de bebida. - Uma margarita, por favor.

Julie se vira para mim com uma expressão de surpresa. Ou seja, acertei em cheio.

- Não lembro de ter dito à você que margarita é uma das minhas preferidas. - Julie semicerra seus olhos.

- Porque você não disse... - digo colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

- Então é uma espécie de talento? - Julie arqueou uma das sobrancelhas.

- Sim. Tenho muitos talentos que você não conhece, senhora Patterson. - digo sorrindo de lado.

- Isso deve ajudar na hora de atrair uma mulher. - Julie diz.

- Não precisei usar muitas vezes, mas nas vezes em que precisei, serviu de forma eficaz. - digo e logo o barman traz a margarita de Julie.

- Obrigada! - ela diz ao garçom.

- Então, vai querer conhecer a minha batcaverna? - pergunto bebendo um gole do whisky.

- Você é um menininho muito malvado para ser o tipo Batman. - Julie diz bebendo um gole de sua bebida, mas com os olhos nos meus.

- Você não está totalmente errada. - digo subindo os ombros. - Sabe se a casa do Coringa tem um nome específico?

Julie riu da minha pergunta.

- Não, eu não sei. - Julie balança a cabeça rindo.

- Eu apenas sei que ele tem a Alerquina. Ela parece com você, sabia? - digo apontando para Julie, enquanto segurava um copo de whisky. - E como você disse, eu sou um menininho muito malvado, como o Coringa. A Alerquina e o Coringa acabam junto depois que ele salvou a vida dela. Bom, querendo ou não, eu salvei a sua vida quando me casei com você.

Já podem aplaudir.

Obrigado! Obrigado!

Julie sorriu enquanto balançava a cabeça.