Garoto Selvagem (Romance Gay)

O Grande Dia.

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Ravi 

As horas eram cada vez mais decisivas, no meu escritório eu andava de um lado a outro de maneira frenética… as mãos estavam suando frio, o coração acelerado e a ansiedade imperando. Era questão de tempo até eu estar novamente frente a frente com a mulher que tanto me fez mal, estava chegando a hora de fazê-la pagar por todo o mal que havia me feito ou melhor… por parte dele. De repente, o telefone tocou e eu rapidamente atendi… era o porteiro anunciando a chegada da Bela. Imediatamente ordenei que a deixassem entrar e cerca de um minuto depois, estávamos frente a frente. 

— Queria tanto me ver, aqui estou! – Bela falou e eu logo sorri. 

— Bem vinda… Belinha! Acho que não preciso me apresentar novamente pra você, né? – Questionei em tom irônico. 

— Mas é claro que não Ravi! 

— Isso aí Bela, sou o Ravi… e pra você um Implacável Ravi! 

— Vamos direto ao ponto garoto, o que você quer em? Que eu me ajoelhe aos seus pés pedindo piedade pelo Matias? 

— Errou feio, isso seria muito pouco. Te chamei aqui pois tenho uma pergunta a te fazer… a essa altura você já deve saber que o seu marido está completamente nas minhas mãos, né? – Naquele momento entreguei as promissórias para que Bela conferisse — Viu só, estamos falando de uma dívida gigante e que eu posso cobrar a qualquer momento. 

— Não seja tão cruel, como o Matias poderia arrumar tanto dinheiro assim da noite pro dia?

— Parece até piada você falando sobre crueldade cunhada, poupe meus ouvidos, numa boa! A questão é a seguinte… eu tô disposto a esticar o prazo dessas promissórias em um ano, tempo suficiente pra o seu marido se organizar e me pagar. Porém, pra isso eu preciso saber uma coisa… você tá disposta a tudo pela liberdade do seu marido? 

— O Matias é a pessoa que eu mais amo nesse mundo depois do meu filho, é claro que estou disposta a tudo por ele! – Bela havia respondido exatamente o que eu esperava ouvir e um sorriso involuntário se abriu em meu rosto. 

— Ótimo, então esteja aqui amanhã as três da tarde… é claro que com o meu marido e o meu cunhado… vai ser tipo uma reunião de família, seja pontual! – Eu disse em tom carregado de sarcasmo.

— Estarei aqui Ravi! 

Micael 

Eu estava saindo do banho quando ouvi batidas na porta do quarto. Logo, terminei de me secar, vesti uma bermuda qualquer e fui ver quem era. 

— Guto cara, entra aí! – Exclamei ao dar de cara com o mesmo do outro lado da porta — Aconteceu alguma coisa? – Questionei ao vê-lo agitado. 

— É o Tom cara… tô preocupado pacas com ele! – Guto respondeu. 

— O que tá pegando? 

— Já tem um tempo que ele não me liga ou responde minhas mensagens… liguei pro Nando e ele me disse que Tom já não estava mas lá. 

— Ele deve ter se acertado com os pais cara, relaxa! E por falar em Nando… ele e o Ravi são de fato a mesma pessoa. 

— Caralho mano, então é verdade… que loucura! Bom, então se eles são a mesma pessoa... o Ravi andou brincando com você durante todo esse tempo, né? 

— É uma vingança… agora eu o amo e ele me despreza. E pra completar ainda tem o Enzo, não posso e nem quero me casar ele – Desabafei. 

— Bom vei, você vai ter que abrir o jogo com ele… falar que já é casado e tals… ele vai ter que entender!