Garoto Selvagem (Romance Gay)

O Atentado.

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Micael

Após aquela tarde conturbada, sai com o Enzo para um restaurante qualquer. Porém, o meu estômago estava completamente embrulhado e eu mal toquei na comida. Logo depois, nos despedimos e então eu resolvi ir ver como a Bela estava após aquele evento traumático. 

— Micael, que bom te ver por aqui – Bela proferiu ao me ver. 

— Cadê o meu irmão, não veio com você? – Questionei. 

— Me deixou aqui e logo saiu novamente… mas precisamos conversar sobre o selvagem, ele tem que pagar por toda essa humilhação que me fez Micael… eu o odeio com todas as minhas forças! – Ela esbravejou. 

— Calma aí cunhada, nós só estamos colhendo todo o mal que plantamos… aquele garoto era doce e inocente, nós que o transformamos em um homem frio e vingativo! 

— Não o defenda Micael! Entre o selvagem e todos os Soto se abriu um enorme abismo… somos inimigos declarados e você tem que vingar todos nós! 

— Do que você tá falando? 

— Ravi pode ter mudado por fora, mas por dentro continua o mesmo de sempre… te amando com o mesmo amor selvagem ou até mais do que antes. Micael, você tem que se casar com o tal filho do governador o quanto antes… vai ser a pior vingança para aquele desgraçado! – Bela exclamou com bastante ódio me fazendo ficar pensativo. 

Levantei daquele sofá e passei a andar de um lado a outro… será que a minha cunhada realmente estava certa e o Ravi de fato me amava? Após pensar um pouco, deixei aquela história de lado e então mudei de assunto. 

— Temos que pensar agora em um jeito de pagar a dívida do Matias – Pontuei. 

— Nós vamos conseguir, nem que pra isso seja preciso vender a fazenda! 

— Meu irmão ama as terras com todas as suas forças, jamais venderia. E pra completar, a parte dele já está toda comprometida… não sei onde ele estava com a cabeça quando resolveu se viciar em aposta. 

— O Matias mudou muito, ele me amava feito um louco e agora eu sinto que já não é mais assim… é como se uma maldição tivesse caído sobre nossas vidas. 

— Pois é cunhada, isso se chama castigo de Deus! Todos nós estamos pagando pela morte do seu Bento, que só está morto porque você mandou atear fogo na cabana! 

— Mas eu não aceito! Irei lutar com todas as minhas forças contra esse castigo… iremos dar a volta por cima! 

— Então agora você tá desafiando a Deus? 

— Eu o desafio! Que ele me castigue com qualquer outra coisa, menos tirando o Matias de mim!

Foi só a Bela fechar a sua boca para escutarmos um forte barulho vindo do quarto. De imediato, corremos até lá e então tivermos uma enorme surpresa… o Luquinhas havia caído do berço e estava desacordado no chão do quarto. 

— Meu Deus, Meu filho! – Bela gritou desesperada. 

Ravi 

Após me vingar da Bela, eu tinha que dar continuidade a minha vingança já que, além de ainda faltar o Matias… eu ainda pretendia fazer o Micael sofrer mais e mais. Após dar entrada no pedido de divórcio, me arrumei e segui para o cassino já que o mesmo estava prestes a abrir. Ao chegar lá, logo encontrei a Eduarda que já estava a minha espera. 

— Pronto pra mais uma noite? – Ela questionou em tom amigável. 

— Se você soubesse… tô com o coração apertado até agora pelo que fiz com a Bela, não que eu esteja arrependido… mas sei lá! – Proferi meio cabisbaixo.