Castigo?

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Seria hipócrita da minha parte dizer que não sinto nada pelo Micael… aquele babaca era a droga do meu primeiro amor. Porém, o sentimento de vingança me dominava naquele momento, eu tinha que fazê-lo pagar por ter se aproveitado dos meus sentimentos e também da sua família de ratos que tanto me fez mal. Ali, me convenci de que se eu quisesse podia deixa-lo completamente em minhas mãos e usar ele da mesma forma tivera feito comigo no passado. 

— Você só tá falando essas coisas aí pelo fato de eu lembrar alguém do seu passado, alguém muito importante e que você por algum motivo perdeu e agora tá querendo encontrar em mim! – Proferi em tom normal. 

— Confesso que no começo sim cara, não conseguia tirar da cabeça o fato de você se parecer com o meu ex. 

— Uou, então é com o seu ex que eu me pareço?! – Questionei fingindo surpresa. 

— Sim mas, isso não vem ao caso agora… fato é que eu estou curtindo você Fernando, e não pelo fato de você parecer com o meu ex pois inclusive, eu já o esqueci! 

Ouvir aquilo do Micael me doeu na alma… como aquele cara podia já ter esquecido do garoto com quem se casou e ainda por cima abandonou? Eu não sabia de onde tirar forças naquele momento para segurar as lágrimas que estavam implorando para cair. 

— Não vai falar nada? – Micael questionou e então sua mão tocou a minha sobre o balcão. 

— Falar é fácil Micael, difícil é comprovar por atitudes que está realmente se gostando de uma pessoa… só palavras e um rosto bonito pra mim não valem de nada! 

— Você é fascinante, diferente de todos os caras que já conheci.

— Aposto que já foram muitos né? 

— Deixa de ficar só na defensiva cara, anda, me fala… o que eu posso fazer pra você ver que tô sendo sincero ao falar que tô curtindo você? – Micael aproximou o seu rosto do meu. 

— Simples… é como eu disse, gestos valem mais que mil palavras! Tá em suas mãos me conquistar ou não Micael… será que consegue? – Aquela altura, nossos lábios estavam quase colados um no outro, eu já podia sentia sua respiração tocar o meu rosto. 

— Pode apostar que sim – Micael respondeu e então tentou me beijar… recuei.

— Preciso ir agora moço, tenho muito trabalho a fazer! – Ele sorriu e então novamente nos encaramos. Após uns segundos, nos despedimos e então saí dali. 

Micael 

Após terminar minha bebida, paguei a conta e então fui dar uma volta pelo cassino… o marrento do Fernando não saia da minha cabeça. Não demorou muito, senti o meu celular vibrar no bolso da bermuda, era o Guto dizendo que iria levar o Tom em casa e seguiria para o hotel, então, resolvi ir embora também. Ao chegar no quarto, tirei a roupa e segui para o banho, alguns minutos depois o Guto surgiu ali e se jogou na minha cama. 

— Que noite meu amigo… que noite! – Guto disse empolgado. 

— Então o Tom caiu nas suas garras né, safado?! – Questionei, arremessando minha toalha molhada em seu rosto enquanto sorria. 

— Mano, aquele moleque é incrível! Peguei ele de um jeito que me excito só de lembrar. Mas e você, ficou com alguém essa noite? 

— Que nada, fiquei só no flerte! 

— E posso saber com quem? 

— Chuta! 

— Ah não cara, não me diga que com o Ravi dois ponto zero… aquele garoto é complicado pacas!

Garoto Selvagem (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora