Capítulo XXVII

225 24 3
                                    


Estacionei o carro no lado de fora da casa do meu irmão, toquei o interfone e adentrei o imóvel.

— Henrique, cadê meus príncipes? - falei alto e antes dele responder, os três vieram em minha direção.

Era incrível como eles se encaixavam perfeitamente em meus braços. Parece que foram feitos para caber no meu colo.

— Mamãe, o Djevá machucou. - os gêmeos disseram em uníssono.

Eu amo escutar eles me chamando de mãe.

— Onde? Deixa eu ver, filho. - analisei o corpo dele e vi um ralado em seu cotovelo - Tá doendo? - negou com a cabeça - Brigada por avisar, meus amores. - beijei a testa deles - E o príncipe da titia? Cadê?

Arthur veio em minha direção segurando nas paredes, mas acabou caindo ao tropeçar em alguns brinquedos espalhados pelo chão.

Antes mesmo que eu ou o Henrique fizéssemos menção de ir até ele, meus gêmeos saíram correndo para ajudá-lo a levantar, enquanto Djevá se esforçava em tirar alguns brinquedos do caminho mesmo com as mãozinhas pequenas.

Ver aquela cena me fez querer chorar. Era lindo como eles pareciam terem sido moldados para entrarem em nossa família.

Me sentei no sofá, e depois que abracei meu sobrinho, meus filhos se aproximaram.

— Machucou, Arthur? - perguntei e ele negou com a cabeça - Me conta, o que vocês aprontaram?

Os quatro falaram entusiasmados os nomes das brincadeiras, nem parecia que ficaram só duas horas juntos depois de saírem da escola.

Assim que os gêmeos começaram a ter contato com a nossa família, expliquei para eles a condição do Arthur, desde então eles começaram a ter muito cuidado com ele. Mesmo assim, os dois nunca o excluíam de nada!

— Vão pegar as coisas de vocês para irmos embora. - saíram andando - Brigada, mais uma vez, pela ajuda, Henrique.

— É um prazer trazê-los pra cá, você sabe disso. - sorriu - Eae, como estão os papéis da adoção?

— A adoção costuma ser confirmada após 120 dias do pedido, então ainda vai demorar um pouquinho para eles se tornarem nossos filhos legalmente.

Eu e o Rodrigo demos início aos papéis da adoção no dia seguinte que conhecemos os gêmeos, porém demorou um mês para que o período de convivência fosse autorizado pelo juiz.

— Você tá bem feliz, né?!

— Eu não consigo me conter de alegria ao pensar que eles finalmente vão ser nossos daqui alguns dias. Eles estão com a gente só há 15 dias e eu já não consigo imaginar nossa vida sem eles!

— Fiquei abismado como eles aprenderam a te chamar de mãe tão rápido.

— Pois é. Na primeira semana eles ficaram um pouco receosos, então eu e o Rodrigo continuamos os deixando à vontade, e agora já nos chamam de pai/ mãe naturalmente!

— Eles são tão gentis e amorosos. Parece que foram feitos para conviver com você e o Rodrigo!

Sorri e observei os três vindo até mim.

— É engraçado como três seres tão inocentes conseguem me fazer sentir a mulher mais feliz do mundo.

— Quatro, né?! - colocou a mão na minha barriga.

— É, pois é. - disfarcei com um sorriso - Vamos, meninos?

Antes de irmos embora, os três fizeram questão de se despedirem do Arthur e do Henrique.

After the Dark Journey Onde histórias criam vida. Descubra agora