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Crianças aprendem as coisas rápido, elas nos observam, se questionam, e pensam o que significa aquilo que falamos ou fazemos

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Crianças aprendem as coisas rápido, elas nos observam, se questionam, e pensam o que significa aquilo que falamos ou fazemos. Então em algum momento quando falamos algo com elas novamente, elas prestam atenção e raciocinam do que se trata.

Se falar um não com um bebê de nove, dez meses, ele vai rir. Se falar mais sério, ele vai rir novamente e depois chorar, pois notou que você o proibiu de fazer algo.

Crianças mais velhas já entendem melhor, mas as vezes elas querem entender o porquê. Se você falar não com elas, vão pensar o que quis dizer e a curiosidade e seu instinto infantil vão falar mais alto, pois estão na fase de descobrir as coisas, então faram o contrário do que disse a maior parte do tempo.

;)

Se você não entende o que é a morte e o que é morrer, sempre vai achar que as pessoas estão dormindo, raramente uma criança compreende isso sem ter a ajuda de alguém. Talvez não tenhamos feito por mal, nem mesmo a Hannah fez por mal; não sabiamos que a Jennifer estava morta, ela era uma boa pessoa.

Por isso a enterramos. Éramos três crianças que não entendiam o que era a morte, o choque da descoberta,a confusão de ser alguém conhecido, o pânico e o medo, fizeram a gente tomar medidas fora do nosso controle para tentar ajudá-la.

Me virei para a porta e fiquei pensando, até onde as coisas podem ir. Um pai se transforma por um filho, ele o defende com unhas e dentes. Mas será que ele entenderia se aceitasse uma conversa ou essa vingança já o cegou?

Escuto algumas batidas na porta, em seguida Phil pergunta se pode entrar.

– Pode – digo me deitando novamente, mas com cuidado para não apertar os ferimentos.

– Vim ver como você está, se precisa de algo, não sei.

– Não sei o que te responder, não tô bem e não tô mal, é confuso. Eu estou confusa.

– Eu imagino, essa situação só está piorando, daremos um jeito.

– Você acha que os outros deveriam saber?

– É melhor do que eles descobrirem de outra forma, principalmente Alan.

– Não sei se consigo, não sei de mais nada.

– Quer que eu conte a eles?

– Faria isso por mim?

– Você não merece passar por isso, você já sofreu demais nessa história. Deixa eu fazer isso por você.

– Obrigada Phil.

Phil Hawkins - Celebridade (DUSKWOOD)Onde histórias criam vida. Descubra agora