A saudade que me mata...

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Sai do hospital. Finalmente, poderíamos agora achar a cura, mas onde? Rafael se foi, acho que nunca mais irei vê-lo, e agora, o que faço?

        -filha, ei? - diz, meu pai.

       - tive um devaneio, desculpe. O que foi?

       - Estava pensando nele não estava? - diz lucas.

       -Sim, a saudade dele já é maior que tudo!

        - Então você não me ama? - diz lucas, de cabeça abaixada.

       -claro que amo, mas como amigo, nada mais e você sempre soube disse, desde crianças.

Entramos no carro, nem sabíamos para onde iríamos.

        - Pai, para onde estamos indo?

       - Depois que perdeu o braço e estava inconsciente, achei um amigo meu, e disse que tinha uma base médica aqui funcionando normalmente ainda. Ele me deu o endereço e para lá que vamos.

      - Mas pai, preciso encontrar o rafa, por favor, pai - digo, chorando.

      - Nada disso, ele irá nos encontrar se quiser.

E assim saímos para longe do hospital onde fiquei. olhando pelas janelas de trás, vejo meu próprio reflexo chorando, uma alma acabada pelo extresse, sem nada!

Fomos recebidos com muito carinho quando chegamos ao estabelecimento.

       - woool, o que é isso debora? 

era Ruan, meu amigo que conheci em uma rede social, mas nos encontramos poucas vezes, por causa do militarismo. mas sempre tive uma queda por ele).

       -Oi ruan, é , perdi o braço e tive que botar isso!, ainda to com pontos, mas é fácil de tirar, aprendi na faculdade.  - ruan fez cara de nojo, e continuou;

          - Vamos, deixa que eu te ajudo. - vira que eu estava um pouco desajeitada e cansada. Meu pegou no colo e me levou. ( apesar de estar morrendo de vergonha, deitei em seus ombros e esperei até ele chegar e me colocar ao chão. Lucas quase se matara de raiva, mas eu não estava nem ai, até por que ele não cuidava tanto de mim).

       - chegamos deby. tava com tantas saudades de você. eu ia na Flórida te visitar, mas você foi a melhor visita de hoje. rrsr.

       - de hoje?  - pergunto, desconfiada.

       - sim, hoje é o dia dos pais, então eles podem vir me visitar hhehhe, legal né?

       - claro. - me viro e me deparo com um quarto enorme - isso é tudo meu e do meu pai e do lucas? 

           - e meu! sua cama é aquela, do lado da minha.

         - ahm... ta, rs

ele se vira e vê meu pai atrás dele, faz continência e sai.

( aiai, será que eu me apaixonei de verdade pelo ruan?).

bem, não queria ser militar de jeito nenhum, mas com as situações, papai me obrigou a treinar junto com ruan, era estressante, mas ficar ao lado dele era ótimo. ( ruan é moreno ,olhos castanhos e lindo, simplesmente encantador aiai). Corremos por longos 2 km, estava cansada já.

          - Já cansou deby. - diz , meu pai que corre bem  atras de nós.   - vamos meninos. - e vai em nossa frente.

Chegamos na base, ufi, foi cansativo, nunca corri tanto em minha vida. Estava suada e fadigada, e com uma enorme dor em meu braço, não podia correr, e sinto meu braço todo imóvel, nao consegui mexer.

        - Você está bem deby? - diz ruan.

       -Meu braço, não consigo mexer. - digo chorando.

Rapidamente ele me pega e me leva a enfermaria, chegando lá , a enfermeira olha o estado de meu braço e examina.

       -bem, vou chamar a médica.

       - okay, obrigado. -- diz ruan

      - Está doendo? - diz a enfermeira.

      - Não, só não consigo mexer.

      - okay, ele já está vindo.  - me viro, e olho para ruan. (hum, que gato!).

       - gosta de me pegar no colo né?? srsrs.

      - sim, assim dá para tocar na sua bunda kkkk - dou um soquinho nele.

      - estou zoando, é que nas duas vezes que te peguei, era por que ou vc tava com cara de morta, ou que vc nao conseguia mexer seus braços e ficou com pernas bambas.

      - nao fiquei de pernas bambas!!!!!!!

      - ficou sim, vi vc olhando para mim e me desejando! hahaha.

      -bobão!   - e assim a médica entra.

Depois de 20 minutos com ela examinando meu novo braço. Ela disse que nao podia fazer muito esforço pq ainda nao estava recuperada, só seriam 2 dias, mas nao saberíamos até quando aquele lugar era seguro para todos nós.
       

Bem, foram dias chatos, não podia fazer nada, mas a presença de "meu amigo" era boa e satisfatória.  Na primeira vez em que dormimos em camas ao lado ele não me deixava dormir,  fazia cosquinhas e riamos, eram ótimos tempos.  Mas nada eram rosas.  A cada avaliação minha eu melhorava e já poderia ser militar, coisa que não queria ser,  mas ok. De segunda a quarta, corrida, de quinta a domingo, barra e outros.
Chegou o dia mais importante, faltava pouco, precisávamos enfrentar a temível floresta que ficava perto de lá.  Lá tinha um cercado muito forte, por isso nenhum zumbi passava.  A missão era ficar lá por 12 horas e voltar vivo.  Fui com ruan,  teríamos apenas essa chance juntos e sozinhos e nesse perigo enorme.

meu namorado e um zumbiOnde histórias criam vida. Descubra agora