Um novo mundo coberto por saudade, movido a dinheiro que compra a liberdade. Vozes que gritam sangue derramado, guerras encontradas em cada esquina, céu com pássaros sendo bombardeados e o solo dormente com essa morfina.
Música que leva aos meus ouvidos choro de nascimento, uma mãe ao lado de um berço, com os dizeres que mostram “nação” na lateral, é tanta miséria que a pobreza mais rica agora tá na capa de jornal.
Meus tímpanos enlouquecem com aquele som de rock que gravei no MP3 no fim de semana quando aquela garota veio pra cá e acabamos tomando o vinho tinto que minha mãe usa como tempero, ela vai me matar se souber disso, então quebrei a garrafa pra ela não desconfiar. Não mudou o fato de ela me dar três tapas e alguns xingamentos saudáveis.
Os olhos castanhos que me perseguem continuam me visitando nos pensamentos que tenho antes de dormir, dançam comigo ao som de Elvis Presley nos meus sonhos e me acordam chegando na minha pupila fazendo-a clarear a íris.
Meus contos de amor sempre são trágicos e por isso muitos não leem o que escrevo, mas porque fugir da ideia do amor louco e com desespero? Levar consigo um sentimento pro túmulo pode transformar qualquer enterro.
Eu só quero continuar entendendo o mundo sendo mais louco do que ele e menos cruel que as pessoas que nele habitam.
— Manuscritos péssimos para se ler rápido demais em um dia quente de novembro.
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O título morreu e eu sinto saudade dele
RastgeleObrigado por vir até aqui. Daqui em diante seguem todas as cartas que foram escritas a todos mas apenas um saberá para quem ela realmente é destinada. Peço que tenha gentileza ao lê-las, é difícil escrever para as pessoas. Fico feliz de ter você...
