capítulo 22: Viagem de Navios

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Havia três navios parados no porto

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Havia três navios parados no porto. Homens passavam de um lado para o outro carregando caixas de madeira e embarcando nos navios, outros carregavam sacos brancos e grandes que pareciam ser bem pesados. Os homens falavam alto, alguns dando ordens e outros concordando com elas. O cheiro salgado do mar entrou em minhas narinas me fazendo respirar fundo, fazia muito tempo que não sentia o cheiro do mar. Aquela manhã estava fria, mas não tanto ao ponto de pegar uma das minhas capas que havia comprado com as meninas. Os olhares de todos se desviaram para Ian enquanto íamos em direção de uma das pontes de madeira que levaria para um navio. Eles olhavam ele confusos, talvez se perguntando o porquê ele estava ali. O príncipe do sombrios ignorava todos, e parecia não dar a mínima para as breves reverências que recebia enquanto caminhava. Nenhuma daquelas coisas passou despercebido por mim, principalmente quando vi um homem revirar os olhos ao ver Ian. Assim como o homem ao meu lado, eu tinha uma expressão fria no rosto, tentando ao máximo agir como se fosse melhor do que qualquer um deles.

O barulho das nossas botas batendo na madeira da ponte se juntou com o barulho do mar, e lentamente subimos ela até chegarmos no convés do Navio. O convés  estava cheio de caixas de madeira, algumas estavam abertas então consegui ver que nelas haviam jóias, taças de prata e ouro. Esculturas, pinturas e muitas outras coisas que pareciam ser bem valiosas. Homens que verificavam as caixas, e outros que carregavam elas, pararam tudo que estavam fazendo para nos olhar. Apertei a alça da minha bolsa com força, tentando conter o nervosismo e permanecer com a expressão indiferente. Só de pensar que passarei uma noite sozinha nesse navio me causou mais nervosismos, eu sabia me cuidar. Mas isso não muda o fato de quão arriscado é ficar em um lugar cheio de homens desconhecidos, e pior, homens sobrenaturais e imortais. Eu estava com lavanda no bolso de minha calça, para poder disfarçar o cheiro doce de meu sangue.

— Alteza?— uma voz masculina soou atrás de nós. Fazendo com que Ian e eu nos virassemos lentamente.

Um homem estava parado atrás de nós, olhando para Ian confuso, mas logo seus olhos caíram sobre mim. Ele tinha uma aparência jovial, seus cabelos e sua barba rala eram castanhos assim como os seus olhos. Ele usava uma calça preta e botas, sua blusa de manga longa era de cor vinho, e os últimos botões dela estavam abertas, dando um pouco da visão de seu peito. Ele tinha uma postura ereta e segurava suas mãos atrás do corpo. Na linha d'água de seus olhos estavam pretos, talvez ele tivesse passado lápis de olho ali, o homem aparentava ter vinte e seis anos. Ele era lindo.

O Homem se aproximou, mantendo o olhar confuso sobre mim. Ele fez uma reverência para Ian e o olhou.

— O que o trás aqui? — perguntou.

Ian me olhou disfarçadamente, antes de voltar seu olhar para o homem a nossa frente.

— Olá, Capitão Jake. — ele disse ainda com a expressão fria. — Acho que você sabe muito bem o que me trás aqui. — O capitão do navio olhou para mim e depois para Ian.

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