capítulo 51: Desesperos, Rei William e seus planos cruéis

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Depois que Ian saiu, eu subi para o quarto e tomei um banho, tirando todas aquelas roupas pesadas que tinha usado a noite inteira

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Depois que Ian saiu, eu subi para o quarto e tomei um banho, tirando todas aquelas roupas pesadas que tinha usado a noite inteira. Meu corpo inteiro doía, eu estava exausta, mas quando me deitei na cama e observei pela janela as árvores e a luz do sol surgindo cada vez mais no quarto, não consegui dormir.

Em minha cabeça milhares de coisas se passavam, tanto coisas da noite passada, quanto a carta e quanto ao fato de Ian ainda não ter chegado da muralha.

Eu deveria ter ido com ele, não deveria ter deixado ele ir sozinho. Pelo menos estaria com ele nesse momento, pelo menos saberia se ele está bem, se ele já conseguiu o livro ou se a senhora Green ainda não tinha chegado. Odiava ficar sem ter notícias, odiava esperar e odiava ficar angustiada. Ficar com medo de algo ter acontecido com ele.

Sei que não deveria ficar tão preocupada, até porque é o Ian. Ele pode matar qualquer pessoa sem precisar mover um dedo, e eu tenho certeza de que ele faria isso se estivesse em perigo ou se precisasse. Ele estava bem, sabia que estava.

Apesar de estar cansada, não conseguia dormir, mas permaneci deitada, com os olhos fechados. Uma vez li em algum lugar, que mesmo que você esteja cansado mas não consiga dormir, ficar deitado e de olhos fechados ajuda fazer o cansaço dissipar um pouco. E foi o que fiz. Fiquei deitada por umas três horas, até que me cansei e me levantei.

Eu desci e fui até a cozinha, onde peguei uma daquelas bolsas de sangue na geladeira e me sentei na escada na varanda da frente da casa. Esmeralda, Nick e Mike estavam descansando lá em cima. A casa estava silenciosa e parecia vazia, acho que nunca vi a casa assim, exceto durante a noite.

O gosto de cobre descia por minha garganta, o sangue saciando minha fome aos poucos. No começo era estranho o gosto do sangue, era nojento. Mas agora me acostumei com o gosto, e às vezes não como comida, apenas o fato de beber o sangue já me deixa satisfeita.

A porta atrás de mim se abriu no instante que terminei de beber o sangue da bolsa, olhei por cima dos ombros, e vi quando Nicholas fechou a porta e começou a caminhar em minha direção.

O cheiro do perfume de Nick me atingiu quando ele se aproximou e se sentou ao meu lado na escada. O que me fez sorrir para ele quando me olhou.

— Você deveria estar descansando. — ele disse, um sorriso divertido nos lábios. — Ian não vai gostar de ver você aqui fora quando chegar, imagino que ele queira ver você dormindo e descansando lá em cima.

Sorri fraco para meu amigo, virando o rosto para frente.

— Não consigo dormir. — respondi.

— Imagino que seja por causa dele. — ele falou, pelo canto dos olhos vi ele me olhando, o sorriso tinha sumido de seu rosto. — Está preocupada por ele ter ido sozinho, não é?

Eu assenti.

Não era necessário falar nada, acho que qualquer pessoa saberia que estou preocupada com Ian em apenas olhar para mim.

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